segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

"Dormir, dormir... talvez sonhar..."

Tenho hibernado nas últimas semanas... Estou chegando próxima à linha final dessa gravidez (faltam no máximo 05 semanas para minha garota dar oi por aqui) e parece que todo o sono do mundo se encontrou com a minha pessoa. Para piorar, semana passada o obstetra me mandou para o pronto socorro por causa de um pico de pressão -- se ela baixasse naturalmente por lá, poderia ir pra casa e controlar a pressão com remédios; caso contrário, teria que ficar internada uns dias para acompanhar com remédios mais de perto, e se não regularizasse, antecipar o parto.

Felizmente, depois de algumas horas na caminha do PS ela voltou a um "aceitável" 14x8 (estava em 16x10 no consultório do Obstetra). Me encheram de exames de sangue, urina, ultrassom para saber se estava tudo bem... E como estava felizmente tudo bem, voltei pra casa... E desde o dia seguinte estou tomando um  medicamento para baixar a pressão, especialmente utilizado para grávidas, o Metildopa.

O único problema é: depois disso eu ainda não fui no centro de atendimento acompanhar como está a pressão, se regularizou, se continua com picos (antes do remédio ela só ficava alta a noite). Minhas suspeitas é que a coisa estabilizou para o outro lado -- minha pressão deve estar baixa, porque estou morrendo de sono toda hora, cansaço, durmo umas duas horas a cada três e minha disposição pra qualquer coisa anda baixíssima. E a força de vontade de ir até o pronto atendimento aqui perto, pelo menos uma vez por dia para acompanhar a pressão está zerada.

A casa está precisando de uma super faxina para receber a montagem do berço, cômoda e demais adereços da Lívia (seu cantinho no nosso quarto), mas eu não estou conseguindo ficar de pé tempo suficiente nem para lavar louça e fazer comida, quanto mais fazer faxina... Se eu já "adoro" fazer essas coisas quando estou bem e disposta, imagine capotando constantemente.

Dá para terceirizar a vida nesse momento? rs

sábado, 23 de novembro de 2013

A gota!

Imagem original por NVTOfficeClips
Ás vezes eu para pensar o que foi a coisa limite -- a gota -- que me fez derramar o copo no qual eu estava mergulhada, pensando que fosse um oceano. Falando de aspectos estritamente profissionais, é claro, eu já havia estado descontente outras vezes, tido rompantes de deixar tudo para trás, fugido e voltado. Mas sempre eram questões mais financeiras e de sobrevivência do que qualquer outra coisa... Dessa vez, embora tudo isso fizesse parte do pacote, eu tive que pular do barco sem saber nadar, porque simplesmente não dava mais.

Estou pensando nisso há 06 meses... Dessa vez, o que foi realmente a gota?

Com o tempo eu fui descartando suspeitos. Não foi simplesmente o dinheiro (ou falta dele). Ele já havia começado a faltar há tempos, consumiu minhas economias (coisa que eu não perdoo, a mim mesma, por ter deixado acontecer), e se eu estivesse mais séria a esse respeito, teria dito "Chega!" bem mais cedo. Não foi também a questão de diferenças de visões -- embora eu tenha ficado extremamente mais convencida que "sociedade" é mesmo um casamento... E que casamentos por conveniência estão fadados ao fracasso. Também não foi o meu cansaço com relação ao "fato" de que todos os meus defeitos são avassaladores para o processo, as qualidade irrelevantes e que todos os motivos do fracasso estão na variável. Não deixa de ser irônico quando você percebe que a pessoa sempre tem explicações para falhas e fracassos que acontecem na associação dela com outras pessoas... O fracasso acontece, sempre, independente das variáveis (as outras pessoas), e a pessoa nunca para analisar o aspecto fixo da equação... Não deixa de ser interessante observar essa cegueira seletiva -- embora não seja nem um pouco interessante ser eleita como ponto focal dela.

Mas há algumas semanas -- ou dias, cabeça de grávida perde a noção -- quando eu cheguei a conclusão do que realmente quero fazer (e vi que deve ser a coisa certa, dado que o ânimo persiste, e eu consigo ter a vontade de me aprofundar mais no assunto, coisa que não tinha com outras iniciativas), que o verdadeiro motivo, dessa vez, foi muito mais sutil. Assim como eu larguei um dos meus primeiros empregos porque minha chefe, que escrevia mal e errado ficava corrigindo meu texto -- para pior -- e isso me deixava enfurecida na minha identidade de redatora publicitária; dessa vez a minha identidade de publicitária também foi ferida de morte. E para ser sincera, eu nem sabia que ela andava tão viva para não admitir afrontas. Quando você fica anos trabalhando e se especializando numa área que não é sua, e quando existe a oportunidade/necessidade de realizar atividades de sua competência (a minha identidade publicitária não leva em consideração se havia tempo para isso ou não), e alguém contrata um "sobrinho", recém saído das fraldas universitárias, sem nenhum conhecimento do seu negócio, só porque ele é o espertinho em um lago de bobos, não dá para aturar. Especialmente quando a pessoa acredita que, se ela não sabe o que faz, isso significa que os demais também não sabem -- deve ser o que acontece quando você passa todo seu tempo falante falando sobre seu final de semana e sua vida: você perde a noção que está se alienando sobre a verdadeira vida das pessoas.

Seja como for... Obrigado "Tio" e "Sobrinho": espero sinceramente a sua realização "familiar". Eu é que não vou mais me rasgar, me abater e assumir o meu modelito "bode expiatório do ano", para que todos possam ficar felizes com o seu papel de "injustiçado por aqueles que tanto apoiaram". Não tenho mais nada a dar a tudo isso... Para mim, foi a gota d'água.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Foca!

Imagem original por beat0092
Se alguém encontrar por aí um gif animado de uma foca como essa da foto, batendo as nadadeiras -- eu quero. Se possível, eu quero que esse gif pule na minha tela do computador, em intervalos de 15 minutos, com um balão gigantesco no qual é possível ler "FOCA!". Quem sabe assim eu ganho um pouco de foco (marido da foca, 'tendeu, 'tendeu??), que está difícil não comparar a minha capacidade de atenção com a Dori de Procurando Nemo. Não vou ser sacana e jogar a culpa no estado avançado da minha gravidez (até porque, às vezes eu acho que essa menina me chuta pensando "de novo mãe, colocando na minha conta?) -- da gravidez mesmo, só um cansaço avassalador pós refeições, que realmente atrapalha o processo... Mas a falta de foco, essa está mais relacionada a falta de disciplina mental.

Como eu já disse anteriormente, eu já decidi o que fazer da vida -- embora eu não saiba ainda, se a 08/09 semanas de ter um bebê esse seja o melhor momento. Algo me diz que esse momento é tão bom quanto qualquer outro (porque a paz e a calma não estão no calendário agora pelos próximos 25 anos pelo menos). No entanto, minha mente fica pulando entre freelas desgastantes (mais porque eu já não aguento mais trabalhar na área do que pelo conteúdo em si); preocupações de futura mamãe, coisas de seleção de mestrado, pendências da pós, estado de arrumação diária da casa, dívidas etc... Se eu ainda fosse dessas pessoas que faz um pouquinho de cada coisa, borboleteando de uma coisa para outra, ainda tudo bem... Mas meu pensamento é daqueles que trava tudo até que eu tente equalizar a pensar todas as opções e decidir o melhor caminho (não tem melhor caminho, o melhor é sair correndo).
"Clarity Comes From Engagement, Not Thought" 
Marie Forleo.
Aí que as coisas ficam difíceis, quando junta o meu excesso de pensamento com a minha falta de disposição. Eu sei que na atual circunstância, a melhor alternativa seria mesmo colocar a mão na massa mas... Quando você está fisicamente cansada, é ainda mais difícil -- e sim, eu sei... Não vai melhorar.

Algumas coisas que eu sei, e me perturbam é que tudo na vida é do jeito que você deixa ser. As coisas só chegam ao extremo do que você acha aceitável... Seja na desorganização, nos gastos, na falta de respeito com o seu tempo e com o seu comprometimento. As coisas sempre chegam até onde você estabeleceu como "Ok, aqui chega!!" ou de uma maneira mais legal:


Ou seja, no fundo tudo é uma questão de estabelecer (e manter) padrões!

Outra coisa, é que tudo se realiza ou se destrói a partir de pequenos incrementos. Esse "sonho" de que um dia eu vou ter a disposição de fazer uma coisa fantástica em qualquer setor da minha vida, e acertar um deles... E aí posso passar com a mesma disposição para o outro e seguir assim até o final dos meus problemas (preferencialmente com a música do Rocky tocando ao fundo) é o que eu gostaria de chamar "ultimate ilusion". As coisas acontecem, de verdade, com pequenos passos de formiga realizados diariamente e persistentemente... Pequeníssimas vitórias diárias, que quando acumuladas fazem um grande efeito. E o mesmo acontece no sentido contrário... Ou seja, provavelmente não foi a pizza a mais do último final de semana que me deram uns quilos extras...

Ter claridade, foco, disciplina e capacidade de execução são coisas absolutamente necessárias -- mas infinitamente menos glamourosas do que nos fazem acreditar os minutinhos musicados de virada em todos os filmes. Uma pena, diz minha alma com tendências delusionais.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

"Só sei que nada sei." (Sócrates)

Imagem original por wallyir
Sabe como você tem ideia de que está velha? Quando percebe que o Daniel Jonhs tem 35! rs Quando o seu Bieber (salvo todas as proporções) está perto dos 40, não adianta fingir que não aconteceu com você.

Ando pensando bastante, por motivos pessoais, em questões como idade, sabedoria, experiência -- se as pessoas pudessem mesmo aprender com os erros dos outros, sem precisar cometer os seus, teríamos um mundo com cabeças menos cheias de galos. Mas como não é assim, temos que assistir com certa apreensão as pessoas cometerem momentos de "olha mamãe, sem as mãos!" e acabarem sem dentes.

O pior é quando esperar pela coisa boa, e que tudo dê certo, é esperar pelo momento "sem os dentes". Porque existem um milhão de formas em que uma pessoa pode ficar presa no seu drama pessoal, sem VER realmente a realidade. Autoengano é um poder muito forte... E as pessoas tem toda a capacidade de andar por aí dentro dos seus próprios Holodecks, com bateria ininterrupta quando querem.

Ok, estou muito abstrata por hoje, e dificilmente esse texto fará diferença para qualquer pessoa além de mim mas... Como diria o título e Sócrates: "Só sei que nada sei". Talvez olhando de fora, acertar a vida dos outros faça muito mais sentido por não termos acesso aos detalhes. E o diabo está sempre nos detalhes.
Make room for the prey
'Cause I'm coming in
With what I wanna say but
It's gonna hurt
And I love the pain
A breeding ground for hate but...

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Eureka!

Imagem original por Alvimann
Eu sei! Depois de muito tempo, alguns meses de elucubrações, eu finalmente sei o que fazer com o meu futuro negócio/empreendimento. Estava na cara, sempre esteve na cara, mas o tico e teco ainda não haviam colidido o suficiente para eu chegar a essa conclusão.

Eu já havia comprado meu domínio a quase um ano com um brilho do que poderia ser... Fiquei todos esses meses, desde que sai da empresa pensando em como não carregar o mal estar que ficou dentro de mim para uma nova empreeitada -- e como aproveitar 10 anos de experiência, sem trabalhar diretamente em uma área que não suporto mais.

As questões que tomavam mais o meu pensamento eram sobre o propósito (como meu negócio faria o mundo melhor, que era algo que eu não conseguia dizer) e sobre o público; já que lidando diretamente com pessoas da área de treinamento e recursos humanos, que são em sua grande maioria conformistas por natureza, como apresentar as coisas com paixão, se todas as pessoas com paixão que eu conheço foram aquelas que eu pedi para responder minha pesquisa para ajudar a definir o negócio?

Mas ontem à noite, depois de uma overdose de Marie Forleo -- eu estou com uma Girl Crush nessa mulher, rs -- eu consegui juntar em uma coisa bem simples, e bem clara, algo que pode ajudar muita gente, que eu consiga fazer muito bem, que eu goste de fazer e que lida com um público muito mais animado, comprometido, interessado e alto astral.

Mais detalhes em breve -- até porque eu pretendo lançar o site do negócio dia 18/11, não tem porque perder mais tempo. Eu só queria passar por aqui e dizer isso porque eu ainda tenho muitos freelas para hoje, e não estava conseguindo pensar em mais nada que não o meu plano de dominação mundial de negócios em um guardanapo... Na verdade no meu caderninho mágico da Daiso Japan (motivo pelo qual eu devo evitar o shopping Tucuruvi a todo custo, rs) mas aí já é outra história.

Dancinha feliz!
Eu sei o que fazer agora!!! Uhu!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ducks in a roll

Imagem original por hamper
Pode parecer intencional, mas não é: não existe nenhum motivo pelo qual eu estou cheia de imagens da animais nos último posts... Completamente aleatório.

Por outro lado, estar sentindo-se uma pata, não é nada aleatório. Não estou querendo transformar esse blog em um blog sobre maternidade; até porque a maioria dos que visitei tem atualizações quase que diárias até o parto e depois... Um post quando a criança tem 03 meses, outro na festa de 01 ano e muitos poucos algum post depois disso -- então tentar evitar o destino, nesse caso, é algo muito importante para mim.

Mas de qualquer forma, a maternidade é um assunto muito caro para mim no momento. Mais surpreendente ainda é o fato que que apesar de estar nos meus seis meses de gravidez, eu não faço a mínima ideia do que estou fazendo, do que tenho para fazer ou do que farei... Completamente o contrário do que título desse post sugere.
Ducks in a roll -- uma expressão que significa "alguém que tenha feito sua lição de casa ou investigado uma determinada área de interesse e elaborado uma lista de prioridades para alcançar a realização de um objetivo".

Estava há meses fermentando um post sobre as "descobertas de ser mulher"... Do quanto você só percebe as implicações reais do fato quando vai morar com alguém do sexo oposto e percebe coisas como arrumação, alimentação etc., caírem automaticamente de um lado da balança (por mais que não seja uma imposição) e o quanto você tem que ser altiva para não deixar também que a responsabilidade do sustento caia do outro lado... Até agora não consegui fechar o texto, ou me livrar do esteriotipo para os dois lados.

E agora existe uma bebê a caminho... E embora eu conte com uma família que me dê muito suporte, e que já tenha garantido que ela venha ao mundo com seu lugar para dormir, guardar roupa, com o que vestir, com seu meio de transporte etc... A mãe dela está completamente surtando sem ideia de nada. Não sei como ela virá ao mundo (sem obstetra, sem decisão final ou conhecimento para decidir sobre o parto), como será cuidada (pessoa que parou de trabalhar há 05 meses e nem assim conseguiu colocar a casa em ordem) e que impactos reais isso terá em minha vida... Quanto mais eu começo a pensar, mais me dá vontade de hiperventilar.

Eu tinha uma série de sonhos sobre como seria quando tivesse um bebê a caminho... Nenhum deles se realizou... Até aí, nenhum problema mas... Eu queria uma vida calma e simples, onde ela não fosse utilizada de cobaia! Todos pais erram mas, no meu estado atual... Estou aberta a uma série muito maior de erros.

domingo, 3 de novembro de 2013

Domingo é dia de... Preguiça!

Foto original por Seeman*
Existe uma diferença suave entre "procrastinação" e "preguiça"... Pelo menos no meu dicionário.

Procrastinação é ter alguma coisa para fazer, ter energia para fazer isso, e gastar em outra coisa -- basicamente o que eu faço quando quero desenhar, mas me sento com uma pilha de revistas velhas para separar o que serve de referência para desenho ou não, e ao invés de desenhar acabo montando uma nova pilha de recortes.

Preguiça, por outro lado, é ter um milhão de coisas para fazer (ou apenas uma meia dúzia), mas estar com a barrinha de energia no modo "depleted", a um passo de tomar um golpe final e receber seu "FINISH HER"... O que está bem mais próximo do meu estado nesse final de semana.

A única coisa que não muda em ambos os casos é: tanto procrastinação quanto preguiça é coisa de amador. Acabei de ler o livro "Turning Pro" do Steven Pressfield (cuja minha única crítica é o fato de ficar repetindo muita coisa do "A Guerra da Arte", que esse sim é um livro muito bom). Segundo ele, a diferença entre o Amador e o Profissional não está no retorno financeiro, mas nos hábitos. O Profissional é comprometido, ele sabe que, como diria Woody Allen:
"Eighty percent of success is showing up."
Woody Allen
Já o Amador é um diletante. Ele quer fazer as coisas... Aí um dia ele faz, no outro dia ele é atrapalhado por um obstáculo (a procrastinação, a preguiça ou qualquer outra coisa menos glamourosa).

O que me preocupa em toda essa cultura do amador (e não estou falando nem do livro "O Culto do Amador" do Andrew Keen -- primeiro capitulo grátis no link) é que a gente tende a levar as coisas como se tudo tivesse bem... Qualquer tentativa de "profissionalização" é vista como chatice, legal mesmo é deixar a vida te levar... E ficar como meus queridos amigos 'dizainers' (rs) que são designers durante o dia (nem tão bons assim), mas a noite um dia é DJ, outro dia arrisca de cozinheiro/doceiro, no outro anda de skate e em mais um acaba montando um estúdio de tatuagem. Na ilusão de que é tão "completo", vive uma vida que não é nada profunda... E como não sabe qual é o seu chamado, acaba atendendo todas as ligações.

E eu odeio me ver nessa mesma fila...
Odeio mesmo...
Não fosse a preguiça debilitante desse domingo; saia correndo em qualquer direção -- mas apenas uma única direção -- para não fazer parte do bando.



* As fotos liberadas no MorgueFile não exigem atribuição, e permitem que você as modifique -- coisa que eu sempre faço mas... Como cada vez mais eles tem fotos melhores por lá, e você pode facilmente tocar seu blog com essas fotos, acho que os fotógrafos merecem seus créditos e vou começar a colocá-los aqui a partir de agora. Além disso, se vc se interessar pela foto original, ficará mais fácil de achar.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

This is the day!

Hoje foi um daqueles dias! Não cheio de estouros críticos, de som e fúria... Mas daqueles dias que você percebe que algumas coisas se prolongam bem mais do que deveriam e ainda fazem parte da sua vida como frutas podres... Então você percebe que você, e muitas das pessoas que conhece estão presas e pelo que parece destinadas a cometer os mesmos erros, de novo e de novo. E sente falta de não ter um "tapão" coletivo que possa distribuir em si e aos demais.

Hoje era o último dia para terminar o TCC... E eu sabia que não ia rolar. Não porque eu já sou muito de não levar os prazos em consideração (embora hoje em dia eu já saiba melhor que eu não tenho um problema com prazos, como eu acreditava por muito tempo -- eu tenho um problema com prazos de coisas que eu não queria fazer em primeiro lugar, de trabalhos acadêmicos, a domésticos, a corporativos) mas porque de 5 em 5 minutos eu estou em sites de grávidas, maternidade, mães empreendedoras etc. Então eu respirei fundo e fiz o que era possível -- me informei que é possível bombar uma vez na pós, pagar o valor de uma mensalidade para refazer o TCC e assim será... Do meu jeito, no meu prazo, com a qualidade que eu acho que deve ser feita e melhor: sem dividir o tempo entre ele e fantasmas. Daqui para a frente, é vida pra frente.

Estou com um novo jogo de prioridades -- prioridade número 01, ver a Lívia nascer saudável (e tentar convencer o pai dela que ela seria muito mais feliz se chamasse Olívia). Então como gestante obesa, fujo de qualquer coisa que possa fazer minha pressão aumentar -- e como essas coisas rotineiras de velhos trabalhos me aumentam a pressão, me enervam e me fazem ter vontade de gritar "CHEGA!", dar meia volta e nunca mais olhar para trás.

Prioridade número 02, como eu já havia tratado ontem, é ganhar dinheiro com propósitos. Nos últimos 10 anos eu trabalhei com Educação Corporativa, posso elaborar um diagnóstico de treinamento e plano de solução com pé nas costas, escrevo conteúdo sobre qualquer coisa que você me ofereça uma boa bibliografia, sei fazer roteiros bem legais e faço storyboards bonitinhos que já dão o trabalho 50% mastigado para os designers... Fazer isso é o simples resultado de habilidades adquiridas mas... Não significa porcaria nenhuma para mim. Estou cansada de lidar com contratantes que fazem treinamentos para compor cotas, com a profundidade de um pires e a relevância de um anúncio de caixa de pizza. Cansada de chefes travestidos de sócios que não sabem nem por onde começar mas sabem que o que quer que você faça está errado... Você deveria entregar duas vezes mais, três vezes melhor, com um sorriso no rosto, fazendo todos os envolvidos acreditarem que é possível, recebendo a metade e ainda vomitando arco-íris. E tudo isso por 1/3 do preço da concorrência (lucro é supérfluo).

Eu havia me dado um deadline para o fim do chororô, e era hoje... Dia das Bruxas, perfeito!!!

Não sei o que fazer da vida. Não tenho quase que a mínima ideia... Tudo que eu sei é que eu quero produzir coisas legais... Veja bem, coisas... Não prestar serviços. Eu já sou complicada demais para ficar me envolvendo na complicação alheia... Tem horas que eu penso em começar a fazer artesanato, tem hora que eu penso em escrever livros, tem horas que eu penso em desenhar estampas para objetos/roupas... Tudo sem a mínima ideia de viabilidade e de onde isso vai dar. Estou com um blog no forno há meses, que inicialmente estava pensado para falar de educação, dentro da minha experiência com treinamento... Mas não vai rolar... Não nesse formato pelo menos! Sou da área de comunicação, eu gosto de escrever, de ler, de ilustração, de cinema, de pensar em desenvolvimento levando tudo isso em consideração -- não quero essa caixinha de "tornando a vida das tias de RH mais fácil". Nada contra elas, cada um que ganhe a vida onde seu fogo interior lhe mandar mas... Não é a minha tribo. Estou aberta a descobrir se minha tribo faria bijouterias na praça da república ou tentaria dominar o mundo todas as noites, rs -- mas ainda não sei a resposta, e sei que não vou saber até colocar a mão na massa.

Tudo que sei? Que eu cansei de gente que vê o mundo pequeno e limitado... E fica colocando arreio na gente, cortando as asas e propondo soluções de vida pré-fabricadas. Pode ser que tudo o que eu estou pensando seja um fracasso... Mas pelo menos será um fracasso extraordinário!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Burro... Onde foi que amarrei o meu?

Quinze minutos para escrever -- quinze minutos para começar Sangue Bom. Sim, uns 15 anos depois aconteceu de eu me apaixonar por uma novela das sete novamente... E como ela acaba essa semana, e me deixará orfã e com saudade de tempos que eu conseguia encontrar coisas como "Gilmore Girls" ou "Everwood" na TV,  não posso perder o finalzinho.

Resolvi dar um olá porque faz muito tempo que não apareço por aqui -- tanto e mais tempo do que não apareço no "Sketchblock" por exemplo... Porque se você acompanha algo por lá, já deve saber da novidade -- que não é mais tão nova assim: estou grávida... De 06 meses agora. A graça é ter descoberto com quase 05 meses, como aquelas mulheres que aparecem no "Não sabia que estava grávida" do Discovery Home & Health. E, embora eu esteja muito feliz com a chegada da Lívia, ela não poderia estar chegando em hora mais complicada -- como a maioria dos filhos presentes do destino sempre chegam.

Eu tinha uma série de expectativas para quando tivesse um filho. Estaria casada (não "em uma união estável"), estaria morando na minha casa própria (não alugada), teria um carro na garagem para levar a filha para o pediatra/mercado/etc. quando fosse necessário... Não contando com meus motoristas das Mercedes e Alston... É por isso que dizem: "Crie codornas, mas não crie expectativas".

Se fosse também só a frustração das expectativas de ter, estava bom... O problema são as expectativas de ser. Esperava estar muito melhor resolvida, muito mais sábia, muito mais cheia de respostas, muito mais cheia de caminhos -- e se fosse possível, falhar menos do que com certeza irei falhar com essa menina linda (toda mãe sabe que será) que está vindo.

Tudo isso, no topo de alguém que tem 24 horas para terminar um TCC (nem me pergunte em que pontos estamos), que está desempregada e sem previsões de encontrar alguma coisa -- aida mais agora, nos 03 últimos meses de gravidez e com pelo menos mais 06 de maternidade intensa pela frente, que fica fazendo freelinhas que mal pagam as contas para a empresa que costumava chamar de "sua" na relação mais ambígua que poderia haver (porque embora as contas precisem ser pagas, o asco e o desânimo de lidar com os e-mails relativos a isso, as demandas, as bagagens que ficaram e a certeza que eu odeio a área num tanto hoje em dia que mal consigo fazer cara de interessada em reuniões).

Eu simplesmente não sei como eu vim parar aqui mas... Por essa menina, eu prometo fazer as coisas um pouco melhor dessa vez. Que tudo está como o Tiririca: pior que está, não fica.


domingo, 15 de setembro de 2013

Você não pode apagar suas pintas...

Dermatologistas discordariam, mas esse não é o caso... Tenho estado bastante envolvida nessa tentativa de lançar uma nova iniciativa -- não digo empresa, empreendimento ou o mais cool "startup", porque tudo ainda é muito embrionário e despretensioso para isso -- mas ainda estou me debatendo com o tema/foco.

Estou tentando separar o que é gosto/aptidão do que é resultado de dez anos de experiência em uma determinada área. Principalmente porque eu aprendi a fazer razoavelmente bem diversas coisas nessa área mas... Não posso dizer que isso tenha me feito feliz (além da felicidade eventual de ver uma ou outra coisa bem feita), ou que seja algo que eu queira continuar fazendo, mesmo que nos meus próprios termos, nos próximos anos.

A primeira ideia foi começar a escrever textos sobre educação/aprendizagem e seus termos relacionados (tecnologia, ferramentas, métodos etc.). Essa ideia se sustentou por boa parte do planejamento antes que eu encarasse a realidade: essas coisas não me entusiasmam -- elas fazem parte de um repertório de experiências e interesses adquiridos, mas não fazem meus olhos brilhar. Consequentemente, você não pode incendiar os outros sem nenhuma faísca da sua parte.

Após essa constatação, começa a fase de investigar então "do que és feito e a que veio". É um trabalho arqueológico de ligar os pontos, migalhas, pedaços. Acho incrível o fato de ser uma coisa muito mais feminina essa coisa de "se redescobrir" -- não porque a gente esteja mais aberta a análise, mas porque com uma facilidade mais do que fora do comum a gente se anula, e faz de conta que nunca houve outra coisa nas nossas listas de vontades, gostos e preferências. É duplamente difícil... Fazer o trabalho de voltar ao começo e se conformar que, para quem se beneficiou por muito tempo dessa anulação, não faz a maior diferença -- é tipo um "fez assim porque quis"... Nesses momentos eu fico muito mais sossegada por ter feito as pazes com ser a FDP. Melhor ser uma FDP livre, do que uma "parceirona" destruída.

Estou sentindo como se eu estivesse novamente em fase de testes vocacionais. Com uma diferença muito fundamental: eu já sei que escolher pelo "bom senso" é a pior opção possível. Eu tenho que me sustentar, tenho que pagar dívidas acumuladas de más decisões e maus investimentos, tenho que tentar garantir um futuro um pouco mais sossegado mas... Se não puder ser com uma coisa que realmente faça sentido para mim, exercite o meu desenvolvimento, me movimente, me faça brilhar por dentro e possa oferecer algo de valor ao mundo... Se não for uma coisa com tudo isso, eu vou estar conversando por aqui novamente em algum tempo... E eu sinceramente não gostaria de repetir mais essa fase que me é tão familiar.

Nos meus "estudos arqueológicos" já encontrei várias coisas que eu gostava, mas abandonei. Coisas que eu faço despretensiosamente desde sempre, e vontades que são constantes e que eu tenho tentado aplicar (sem sucesso) em outras áreas nas quais não cabem. Fico surpresa de ver o quanto de caminhos mais naturais eu fui capaz de ignorar, tentando ser alguém que eu não sou. No final das contas, as coisas que a gente gosta sempre estão com a gente, e são bem claras -- por mais que a gente não saiba como ligar isso ao fundo da carteira.

Seja eu um dálmata, uma galinha d'angola, um gato malhado ou um tigre -- o fato é que a gente não pode apagar nossas pintas... Nunca.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Medo da Média

Com tantas decisões erradas que a gente toma na vida, tem que ter algumas das quais a gente se orgulhe -- a minha mais recente, revista atualmente, é ter abandonado o último curso de desenho que fiz, por conta do professor. Não vou me dar ao trabalho de dizer o nome da escola, porque até acho que ela faz um bom trabalho em outros casos. Nem vou dar o nome do professor, porque não acho que ele tenha feito nada de errado além de ser ele mesmo -- meus santos definitivamente não bateram com os dele mas... Acho que a gente precisa de um extremo cuidado com que a gente decide chamar de mestre -- mesmo nas menores coisas.

Ele era formado em uma faculdade que eu considero medíocre (queria ser menos superficial do que isso, mas não sou), dava aula nessa faculdade medíocre também, e toda vez que abria a boca para comentar algo sobre a vida (que era mais vezes do que ele comentava algo sobre desenho/arte), parecia que tinha saído do editorial do Cidade Alerta... Aqueles pensamentos bem classe "merdia" do tipo "Deviam ter matado todo mundo no Carandiru...", "Se eu pudesse, eu também matava um ciclista na rua" (essa foi séria), "Rede Globo é o Demônio" (aí assiste aquela maravilha da Record né queridão?) e coisas do gênero. Coisas cretinas que eu até poderia relevar... Não fosse o desenho dele tão desagradável aos meus olhos.

Pode me chamar de doida, mas quando se refere a qualquer tipo de expressão artística, no menor nível que seja, eu tenho um pensamento bem humanista. Eu acho incompatível falar de estética, de beleza; num sentido bem amplo mesmo, sem acreditar mesmo que bem no fundo em coisas mais trancedentais, em melhora e desenvolvimento constante, que o ser humano tem jeito, que o mundo melhora mesmo que a passo de formigas. Eu já conheci muita gente crítica, muito boa, que parecia o contrário de tudo isso mas no fundo porque comparava o que deveria com um conceito muito mais amplo que não era atendido, e ficava frustrada. Mas isso é radicalmente diferente de sonhar/acreditar que essa média medíocre é a norma.

Acho que até por conta disso que eu parei com os cursos formais... Curso de desenho para adultos é uma coisa meio deprimente, porque você só tem dois tipos de pessoas na classe: os folgados (pessoas como eu que se tivessem levado a sério há 20 anos atrás quando eram crianças e pareciam que levavam jeito já estaria foda e não precisando daquela aula, mas estão lá para ver se ganham disciplina) e os sem noção (que querem aprender agora, mas ao invés de desenhar ficam encasquetando com o melhor lápis pra uma coisa, a melhor caneta pra outra etc.). Basicamente, não há o que aprender numa aula dessas; não porque não exista nada para aprender -- muito pelo contrário -- mas porquê os objetivos não batem. Aí junta aquele monte de gente contando histórias do que poderia ter sido e não foi, das injustiças da vida... E toda essa discussão sobre "As dez razões porque estou na mediocridade" me deprimem.

Eu aceito ser um fracasso total -- como diria Kurt Cobain "I'm worse at what I do best, And for this gift, I feel blessed" -- talvez se não aceitasse, não estivesse onde estou hoje em relação a tudo na vida e etc., mas tudo bem. Mas essa média medíocre de formações medianas, pensamentos medianos, conquistas medianas, conversas medianas, com pinturas de cavalo a óleo em pizzarias do bairro... Essas coisas são pesadelos para mim.

Para completar o medo, nada melhor do que "Sad but true" do Metallica (que ainda não está disponível no Rdio) em uma versão "Metallica" para bebês... É isso mesmo: medo!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O dia que a terra parou...

Há alguns anos uma série chamada "FlashForward" fez muito sucesso -- embora a emissora não tenha achado isso, e tenha cancelado a série já na segunda temporada, e deixado todos os fãs inquietos sem saber o final (terminar série de ficção sem deixar os roteiristas amarrarem as coisas é algum tipo de vingança perpetrada pelas grandes emissoras por conta da baixa audiência... Vide: The Event; mas isso já é uma outra história). Em FlashForward, todas as pessoas da terra "apagam" por alguns minutos ao mesmo tempo, perdendo completamente a lembrança do que aconteceu naqueles minutos...

O dia de hoje é o que pode se chamar de completo contrário.

Até hoje eu não consegui encontrar alguém que não saiba onde estava ou o que estava fazendo há 12 anos atrás. Eu não quero discutir se vidas americanas perdidas em público são mais importantes que a quantidade de outras vidas que os exércitos americanos exterminam em silêncio... Não vou me dar ao luxo de achar que eu tenho capacidade cognitiva/social/política/histórica de relativizar nesse assunto. O que eu sei é que eu sou da geração que viu a Challenger explodir ao vivo em meio aos desenhos matinais, da geração que viu flashs de Berlin enquanto o pessoal derrubava o muro mas... Não consigo pensar em nenhum episódio que tenha tido tanto poder coletivo sobre as pessoas -- de saber que a história estava sendo feita naquele momento, e que o mundo nunca mais seria o mesmo... Assim como não foi.

A proibidona daqueles tempos nas rádios americanas:

I'm looking to the sky to save me
Looking for a sign of life
Looking for something to help me burn out bright
I'm looking for a complication
Looking cause I'm tired of trying
Make my way back home when I learn to fly...



terça-feira, 10 de setembro de 2013

É apenas como me sinto essa noite...

Estou cheia de coisas para fazer, mais do que estou conseguindo lidar. Acho que a imagem mais apropriada para essa postagem seria uma artista de circo tentando manter vários pratos no ar -- o que seria difícil de representar no meu caso, já que todos os pratos parecem já estar no chão, e eu não sei quais os caquinhos catar primeiro. Apesar dessa situação ser um pouco estressante (tadinhos dos níveis de cortisol nas alturas), não consigo deixar de pensar na sensação de "Déjà vu". Muitas coisas que estou encarando agora não são novidade (estão beeeemmm longe de ser).

Nesses momentos eu murmuro "eterno retorno"; como se eu estivesse destinada a ficar repetindo as coisas, como um Sísifo sem glamour algum, fadada a ficar levando a pedra pro topo da colina apenas para vê-la rolando colina à baixo novamente.

Isso é o que acontece quando você pega certos assuntos que precisam de SOLUÇÃO, com todas as maiúsculas, e acaba colocando panos quentes. Você tanto empurra com a barriga que uma hora percebe que certas situações e problemas se tornaram amiguinhos que não te deixam em paz, são de casa e para colocá-los para fora é um desafio danado. Já que não é possível uma vida sem problemas, resta sonhar com uma de problemas com os quais sempre podemos lidar, e que tragam alguma novidade e crescimento.

De vez em quando é desolador se por para pensar a noite e perceber que a sua história é uma reprise, com adaptação dos mesmos personagens de sempre.
"It's the way we feel
Tonight
As if it's all unreal
All right"

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Daquilo que eu sei...

MorgueFile Free Photo
Quanto mais eu penso, mais eu chego a conclusão que deveria pensar menos e fazer mais -- bem mais. Estava lembrando quando eu tinha uns 07, 08 anos e ficava pentelhando minha mãe com a minha teoria recém plasmada (toda criança acha, sem saber o nome, que é o filósofo mais brilhante que o planeta terra já viu) de que eram os adultos que nos faziam medrosos. Minha teoria era simples assim: as crianças nasciam brilhantes e determinadas, e de tanto ouvir bobagens adultas ("Você vai cair", "Você vai se machucar", "Isso não vai dar certo") ficavam cheia de receios e acabavam medrosas. Embora eu tenha certeza de que esse é o tipo de teoria que minha mãe não deve ter dado 30 segundos de atenção (é o que acontece quando você não para de falar da Xuxa, do Bozo e mete essas coisas no meio), não posso deixar de notar um certo orgulho em relação a minha eu-pequena-filosofa. Ponto pra você pequenina... E saudade de você, pra caramba mesmo!

Primavera está chegando... Dizem que é tempo de renovação -- eu não queria renovação, queria recuperação. Eu queria recuperar essa menina sem noção que não sabia muito mas que acreditava poder fazer várias coisas, e fazia várias delas. Essa versão grande dela se deixa envolver por diversos pensamentos "E se..." que paralisam, e quando percebe, deixou muito tempo passar. Não consigo perdoar essa parálise não de falta de objetivos, mas de falta de foco, coragem, perseverança. Gostava da época em que eu escutava a frase "E se eles acharem que eu não sou bom o suficiente, acho que eu não suportaria esse tipo de rejeição" e dava risada -- não agora que ela é quase um mantra.

Acho que eu estava mesmo certa... Você nasce um leão a lá "Crônicas de Nárnia" e acaba se tornando um a lá "Magico de Oz".


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Estranha Natureza

Who am I?
Valezki
From: http://www.flickr.com/photos/valezki/5881304494/

Sempre me lembro de uma cena de "Noiva em Fuga" quando, depois de fugir de seu último casamento, a personagem da Julia Roberts decide parar para investigar quem ela realmente é... Inclusive testando uma dezena de formas de preparação de ovos, para descobrir qual a sua favorita -- porque até o momento, cada noivo achava que sua opção favorita era a mesma que a dele; ela nunca contrariava ou fazia sua vontade valer, chegando a um ponto que nem ela sabia mais o que gostava ou não gostava, o que queria ou não queria.

Salvo algumas diferenças, acho que o meu problema no momento é semelhante -- mas preciso ser mais diligente com ele. Há 03 meses não estou envolvida em nenhuma atividade regular de trabalho -- sai de férias num rompante "Aé? Então foda-se!" abençoado, fui para França (que chique pensar os problemas em meio a Croissants, rs) esperando algum tipo de iluminação sobre o que fazer da vida. É lógico que nada veio dessa forma -- nada nunca vem dessa forma -- e desde então tenho me questionado: "Quem sou eu, e o que vou fazer da vida?".

O momento não poderia ser menos propício (mas também, os momentos dificilmente são). Ficar 03 meses só com freelinhas despretensiosos pode derrubar completamente um sistema financeiro já falido mas... Pensando bem, não existiria momento propício tão cedo. E o tempo agora é definitivo: acabei de fazer 33 anos, já não sou nenhuma garota a despeito da idade mental e comecei a pensar: "Onde diabos estava com a cabeça levando a vida com a barriga desse jeito, até essa idade, sabendo que eu tenho todos os sonhos de consumo e de vida básicos 'pequeno-burguês' que me são de direito -- filhos, casa, carro etc.?". Bem, eu estava financiando com meu tempo e minha ausência de realização os sonhos "pequeno-burguês" alheios... Isso não é culpa dos alheios mas... Pra mim já deu.

A grande questão é: eu não sei o que fazer!

Não é uma questão de "eu sempre tive um sonho de ser jogadora do Harlem Globetrotters e agora que tenho a chance não sei se vai dar certo ou tenho medo de perseguir esse sonho"... Eu fiquei tanto tempo levando a vida profissional com a barriga, que eu não sei se tenho sonhos. Coisas que sempre pareceram muito certas (desenhar, escrever) se tornaram uma névoa de impossibilidades de concretização, e muito abstratas para serem colocadas em prática. Se um gênio da lampada aparecesse por aqui hoje e me desse o direito de escolher qualquer trabalho na terra com um salário milionário, eu teria que pedir para passar. Tudo o que sei é que eu NÃO QUERO um trabalho "corporativo"... E talvez isso já seja alguma coisa.

"A leopard cannot change its spots" -- essa estranha natureza.

As coisas ficaram tão críticas que eu me esqueci de mim. De vez em quando vejo alguma notícia sobre colegas de faculdade e seus trabalhos e me lembro: "Ah é... Você também fez publicidade e poderia estar trabalhando com comunicação... Você costumava gostar disso, se lembra?" -- como se tudo isso tivesse acontecido há décadas atrás ou até em outra vida.

No momento, na ausência de um sentimento interior que me tome e diga "é isso!", estou tentando investir na redescoberta da minha natureza -- coisas que eu gostava de fazer, do jeito que gostava de fazer. Achei engraçado a quantidade de referências em livros e vídeos sobre coaching falando que "aquilo que você faz aos dez anos para se divertir diz muito", mas infelizmente quando eu tinha 10 anos ainda não havia internet, então acho que isso limita um pouco as coisas, rs. Na verdade, eu que sempre lembro de tudo, não consigo me lembrar o que eu fazia para me divertir aos dez anos.

Talvez a coisa seja um pouco mais complicada do que parece e eu já não saiba há um bom tempo o que me move, o que me alegra, o que me diverte e o que me ilumina -- complicado tudo isso agora, com os credores batendo na porta.



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Faz-me rir!

Let Them Fly - Brian Oldham

"Just remember, when you should grab something, grab it; when you should let go, let go." 
—Taoist Proverb

Para quem trabalha com palavras é sempre um pouco frustrante perceber que você não tem poder nenhum sobre o que as pessoas vão entender. Cada um está no seu "quadrado" (desculpe pela expressão) e, no que se refere a certos assuntos, elas simplesmente reverberam uma série de pensamentos que já estão em suas cabeças; deixando que as nossas palavras caiam por lá apenas como vapor fino em uma noite escaldante. Você pode fazer a questão que quiser em falar, mas isso não significa de maneira nenhuma que será ouvida -- muito menos compreendida.

Tenho essa mania de acreditar que uma discussão não está terminada até que a outra parte saiba exatamente o que eu quero dizer. Até que todas as abobrinhas e minhocas entaladas na garganta sejam postas pra fora, apresentadas, destrinchadas e catalogadas. Ontem eu fiz um teste: deixar isso de lado pelo menos uma vez; por mais que tenha me custado umas 12 horas de ansiedade em escolher as palavras certas (ou melhor, suficientes), não falar demais, não tomar partido, não fazer acusações, não pedir reparações... Ser o mais objetiva, metódica e cirúrgica possível sem ser ríspida e... Eu não poderia ter ficado mais surpresa com o resultado.

Primeiro, porque depois de tanta ansiedade dessa parte, minha resposta poderia ter sido "Rosebud" e o resultado seria o mesmo -- então de que adiantou tanto estomago embrulhado? E depois por perceber que as pessoas podem se relacionar com você sem partilhar valores do mesmo universo (será que quando você diz que não quer fazer algo nem que te paguem fica implícito que você aceitaria fazer a mesma coisa de graça? Faz-me rir!).

Todo episódio me fez lembrar do meu reality show predileto (ACUMULADORES). Muitas daquelas pessoas tem pilhas e pilhas de tralha em casa, estão sendo prejudicadas em todos os aspectos por elas mas ainda se apegam a todo aquele lixo. Na maioria das vezes quando o psicólogo responsável tenta entender porque, um dos grandes motivos é que as pessoas pagaram bem caro por tudo aquilo que hoje atrapalha a vida delas -- e é difícil, eu entendo, assumir que você tem que recomeçar do zero jogando tanto "valor" fora. 

Mas para a série, para o episódio de ontem na minha vida, e para todo o resto, o resultado é o mesmo: lixo é lixo, não importa o quão caro você tenha pago por ele e o quanto você tenha perdido no processo. Mas a todo momento você pode fazer a decisão consciente de não guardá-lo, não carregá-lo com você e, dolorosamente o quanto for, começar do zero.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Misplaced Professional Feelings

galileu2



"Now I'm gonna wish you never had met me
You had my heart and soul
Tears are gonna fall, rolling in the deep
And you played it to the beat"

---
Uma ilustra muito louca do Shiko que foi publicada esse mês na Galileu, mais uma música muito louca da Adele retirada de seu contexto tradicional para dizer duas coisas:

  1. Eu sou incapaz de responder certos e-mails sem revirar escuridão e trevas -- sentimentos fortes para o que deveria ser apenas racional e matemáticas; e.
  2. Como diria a mamãe do Tambor: "Quando não tiver algo bom para dizer, então não diga nada". Acho que seguindo essa recomendação eu posso ficar calada por décadas, mas tudo bem.
Acho que é uma coisa bem feminina, infelizmente não-sociopata, essa coisa de se envolver visceralmente com coisas que deveriam ser apenas uma parte do seu dia e encaradas por uma simples perspectiva profissional de "vale a pena/não vale a pena". Mas é uma coisa bem específica dessa fêmea em questão se deixar consumir por elas até chegar ao nível: "Não tenho nada para lhe dar porque simplesmente não me restou nada".

Parece sofrimento de amor...
Mas é o extremo oposto -- seja o que isso for.
Até veria o lado positivo, não fosse a situação puro pólo norte.

É, eu continuo com essa mania de escrever para entender... Não para ser entendida.
Missão cumprida.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ao vencedor, as batatas!

Fonte: http://goo.gl/yPZd9
Por mais que você queira manter uma atitude positiva, existe gente que, misteriosamente, desperta o pior em você. Tão pior, e tão constantemente, que elas começam a confundir o pior que provocam com o que você realmente é.

Tudo bem que isso aconteça... De vez em quando.
Tudo bem que saber isso dá uma paz de espírito, que elas realmente não entendem -- isso não é algo que me faça perder o sono realmente.

Mas quando a pessoa está tão certa, mas tão certa, que quer que você internalize sua visão torta e sem contexto... Aí já é demais.

Pra gente que nos é tóxica, quarentena!

"Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. (...) a ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas."
Quincas Borba (Machado de Assis)

terça-feira, 9 de abril de 2013

Senta Lolla, senta!

O Lollapalooza 2013 já se foi! - segunda edição do festival aqui no Brasil. O que me fez lembrar que já faz um ano que eu fui ao Lollapalooza e ainda não havia comentado nada sobre o fato - eu fui basicamente para ver Foo Fighters mas... Foi uma noite cheia encanto e alegria (sarcasmo explicado a seguir) que eu não deveria ter deixado de comentar. Esse ano eu simplesmente não tive ânimo, dinheiro ou vontade (menos dinheiro do que qualquer outra coisa mas...). Me assusta pensar que eu estava muito mais tentada a ver o show do Elton John ao ar livre, sentadinha no meu lugar do que encarar o pessoal do Lolla. Não tenho mais ânimo para encarar shows, e acho que ficaria cansada até de balançar isqueiros no ar. 

Em primeiro lugar, vale dizer que o Lollapalooza tem um apelo todo especial para quem era adolescente na década de 1990 e gostava de rock...

Parênteses: se você gostava/gosta de Heavy Metal e afins e quer discordar de mim nessa história de 'apelo para o adolescente da década de 1990', se segure - darei corda para você no futuro, quando explorar meu tema recluso predileto: "porque Metal não é Rock" e você terá muita munição para xingar muito no Twitter. Por hora, guenta aí!

... Afinal de contas, muita gente - como o meu amigo Homer Simpson -- já deu as caras no Lollapalloza original, e o festival já tem mais de 20 anos então, há um certo sentimento de carinho no ar.

Assim como na edição desse ano, o festival aconteceu no Jockey Club - tecnicamente um ótimo lugar para um evento desses: bastante espaço, fácil acesso (deu para ir a pé do metrô Butantã pra lá) e uma equipe de organização gigantesca.
Seguindo as orientações do mítico livro das "Convenções Sociais", resolvi levar meu namorado no evento - há controvérsias sobre se você pode chamar de namorado alguém que você já mora junto há 02 anos mas... outra hora. É sempre interessante levar num show de Rock alguém que:
1. Não conhece a banda.
2. Não bebe.
3. Não fuma.
4. Não gosta de multidões.
5. Fica com sono às 23:00.


Aparentemente não houve nenhuma lição aprendida desde do último show do Guns 'N' Roses. (Quando as meninas - eu e minhas irmãs - estávamos preparadas para uma madrugada de espera por já conhecer o Sr. Axl, e os meninos - seus respectivos namorados - já estavam dormindo nos colos nas bandas de abertura). Não estou querendo culpar o Ju de maneira nenhuma - até porque ele foi na medida do possível fantástico naquela noite mas... Admito que talvez não tenha sido a melhor escolha para ver o show.

Chegamos por lá com nosso kit montado (águas em copo e salgadinhos) mais ou menos 01 hora antes do show do Foo Fighters. Não fiz a mínima questão de ver as bandas anteriores, e pelo movimento na entrada eu não fui a única. Tinha a minha meta bizarra em eventos (comer um cachorro-quente fuleiro e extremamente superfaturado e tomar uma cerveja/refrigerante) e depois dar uma volta por lá mas os palcos eram bem distantes um do outro e quanto antes a gente fosse se aninhar para o lado do Foo Fitghers melhor a chance de não ver o show da pqp.

Chegar o mais perto do palco possível -- o que já foi bem longe -- foi uma verdadeira aventura. Não sei como num mundo tão cheio de joguinhos alguém ainda não criou um "chegue ao palco", no qual você deve chegar o mais próximo possível do palco sem tomar baforada de cigarro de tabaco e afins, alguém espirrar uma breja em você, sem cinza e queimaduras de cigarro e sem ter a visão bloqueada por garotas que podem sentar nos ombros dos namorados sem esmagá-los. Perguntei para o Ju onde ele preferia ficar, e a resposta foi "Em qualquer lugar que a gente não fique respirando fumaça de cigarro" -- o que eu prontamente entendi como "Sofá da nossa sala" uma vez que essa era uma condição impossível naquele ambiente, e isso já me tirou um pouco do sério e me fez perguntar "porque eu não convidei X" - X sendo qualquer pessoa que gostasse de Foo Fighters, e estivesse familiarizado com como é assistir shows na pista.

Até aí, eu poderia dizer uma coisa ou outra sobre o show - a maior delas é "O que faz toda essa gente tirando fotos distantes e borradas das bandas e atrapalhando a visão do show de todo o resto?" mas vamos deixar quieto. O que aconteceu de mais assustador foi na volta, e pode ser completamente creditado a maravilhosa administradora da linha amarela do metrô -- e que provocou um inevitável "Imagine na copa!". 

O show terminou bem antes da meia noite -- o que deixou todo mundo que veio de metrô bem seguro sobre  o fato que voltaria de metrô também -- o que não foi bem o que aconteceu. Antes de entrar em detalhes, eu gostaria de dizer que foi um tumulto do cão, com o pessoal da Via4 completamente despreparado e mostrando porquê eles não tem a mesma competência da equipe do metrô, e porquê certas coisas não devem ser privatizadas mas... O que mais me assusta, é que não saiu uma notinha no jornal no dia seguinte.

Chegando na estação Butantã, havia uma fila que dava 04 voltas na estação para entrar no metrô, que parecia ok para manter a ordem e o metrô sem superlotação - mas não era. O pessoal da linha amarela se assustou com o volume de gente, e simplesmente começou a liberar a entrada do pessoal a conta-gotas (o que eu pude comprovar bem depois) e bem abaixo da lotação do metrô em qualquer dia sem movimento. Acho que por medo de ter que fazer uma horinha extra não remunerada, eles arbitrariamente decidiram fechar o metrô 20 minutos mais cedo (às 23:45 ao invés de 00:05) o que causou um empurra empurra sem precedentes pra tentar conseguir ficar dentro da estação. Quem já foi para a estação Butantã, sabe que logo depois da entrada tem escadas fixas e rolantes (que foram desligadas), então no empurra empurra quem se encontrava na escada teve que se segurar muito pra não rolar escada abaixo.

O Ju e eu fomos para dentro da estação sem esforço -- era só tirar o pé do chão que a multidão te levava. Eu estava assustada pra caramba: cair ali era garantia de ser pisoteado. Metade das pessoas empurrava, e a outra metade gritava para se controlar e não fazer tumulto (nenhum policial, militar ou de qualquer outro tipo foi visto nas imediações). O pessoal de segurança da Via4 estava mais preocupado em fechar o portão da estação e dar umas chapuletadas em qualquer um que tentasse derrubar o portão do que com qualquer outra coisa; e embora você lamentasse a situação pelo menos podia ficar feliz que dentro do metrô você chegaria em casa em breve, certo?

Errado! Esperamos mais 50 minutos dentro da estação para conseguir passar a catraca, que ninguém sabe explicar porque estava desligada. O senso comum de todo mundo ali socado junto, sem poder sentar e num calor absurdo é que eles deveriam estar tentando conseguir mais trens para levar todo mundo mas... Depois de 50 minutos e ser uma da quarta-leva liberada (e com muito mais para trás) eu só pude concluir que o pessoal da Via4 é louco. Muita gente socada lá em cima, e o trem foi até a luz praticamente vazio... Todo mundo se entreolhava dentro do trem perguntando se perguntando a mesma coisa: "Por que só estão liberando o pessoal de pouco em pouco" -- Como na linha amarela você consegue ter uma visão geral do trem, podia ver que estava praticamente vazio com mais da metade dos acentos disponíveis, ninguém precisou nem ir de pé.

A minha última hipótese -- de que na transferência para o metrô verdadeiro déssemos de cara com poucos trens e por isso eles estariam liberando o pessoal a conta a gotas -- foi por terra quando chegamos na luz: havia mais equipe do metrô na Estação da Luz, do que havia da Via4 no Butantã, e todos eles bem ativos para orientar quem ia para que lugar. Acabei bem arrependida de ter colocado o Ju nessa roubada. Especialmente porque ele não reclamou um "A" de nada. Nem das baforadas, nem da lama do Jockey, nem do empurra empurra (embora eu pudesse ver a cara de tensão dele) etc.

Então quando veio o Lolla desse ano, com bandas que eu queria ver nos 03 dias... E sem dinheiro para pagar duas pessoas por 03 dias...  Decidi que: O Multishow é meu pastor, e o sofá não faltará. Tudo bem, não deu pra ver o Pearl Jam (mas eu também já vi ao vivo em algo que eu poderia chamar de "convenção de Elfos no Pacaembu" -- essa fica pra próxima) mas a integridade física da família fica garantida.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

S.O.S Declutter


Minha casa está doente -- mais precisamente, minha vida está doente. Sim, eu sou dessas que enxerga relações metafísicas entre diferentes áreas da vida, onde a maioria mais prática vê apenas problemas objetivos para serem atacados (e que de fato são atacados). Eu sou "criativamente preguiçosa", ou seja, enquanto as pessoas enxergam tarefas para serem riscadas, eu quero encontrar o cerne da coisa que me faz ser assim... Descobrir porque eu não consigo me organizar, porque não consigo me dedicar a tarefas e disciplinas cotidianas e quem sabe assim, cortar o mal pela raiz.

Nem preciso dizer que não funciona muito bem, preciso?

Acho que algumas coisas "over" na vida estão todas relacionadas: excesso de gastos, excesso de peso e excesso de bagunças! Mas embora eu tenha essa consciência há bastante tempo, nunca em incomodou tanto perceber que elas estão em um estado que não dá mais para aguentar.

Depois que eu fui morar com meu namorado -- e lá se vão dois anos -- muitos dos meus defeitos se potencializaram. Uma coisa é ser desorganizada e bagunceira (são coisas absolutamente diferentes) na casa da mãe, onde alguém intervém na sua loucura em intervalos regulares. Outra coisa é ser a pessoa que tem que intervir -- quando você não dá conta nem de você mesma. Meu namorado é perfeito em uma porção de coisas mas, quando se refere a arrumação e ordem da casa... Bem, na comparação ele faz eu parecer uma maníaca por limpeza com TOC -- e eu estou longe de ser qualquer coisa próximo disso, então... Se você quiser estudar o "caos primordial" pós Big Bang, eu sugiro que visite minha casa.

Tinha todo um sonho para esse final de semana que passou no qual eu seria uma dona de casa dedicada, e colocaria uns 60% de tudo em ordem. A verdade não poderia ficar mais longe: exagerei em sapatos desconfortáveis e tênis não adequados para academia na sexta-feira, e fiquei com uma dor nas pernas violenta. Para piorar, tentei fazer a minha saída de bateção de pernas no sábado (que eu havia agendado há algum tempo) e acabei abortando no meio da coisa por não conseguir mais andar. Passei o resto do final de semana na cama, acessando a internet por iPad e assistindo televisão. O resultado foi tudo que eu mais amo: começar a segunda-feira no meio do caos: muita roupa pra lavar que não foi lavada, pilhas de louça suja na pia e muita comida estragada na geladeira que aguarda o descarte há alguns finais de semana.

Nessas horas, eu queria ter nascido uma geração antes -- se é pra trabalhar fora, dentro e em todo o canto, que pelo menos fosse com competência nos afazeres domésticos -- essa história de ser da geração que acreditou que estava estudando para ter uma super carreira e que as atividades de manutenção da própria vida se resolveriam magicamente é uma droga. Ainda mais quando combinada com a minha crença pessoal de que "diarista é derrota" -- afinal de contas milhares e milhares de americanas e europeias equilibram tudo muito bem sem elas, porque você que ganha muito menos que elas vai querer brincar de ser patroa? Isso e o fato de que eu odeio terceiros mexendo nas minhas coisas. Mas aí quando o domingo estava acabando... Simplesmente não deu! Baixou a Mulher Declutter!

Declutter, caso você ainda não tenha ouvido falar, é um termo inglês sem uma tradução precisa em português mas que pode ser entendido como "Destralhar". "Cluttering" e "Hoarding" são outros termos associados... Onde Hoarding definitivamente é o pior (se você tem o canal Discovery Home&Health na TV, eu recomendo fortemente a série "Acumuladores" para entender o potencial do mal sobre o termo -- mas não me responsabilizo pelos traumas adquiridos). Pessoas afligidas pela tralha -- como é o meu caso -- tem mania de acumular coisas desnecessárias ou um excesso de coisas. Ainda não cheguei, felizmente, no nível dos casos vistos em Acumuladores (pessoas que não conseguem jogar caixas de pizza fora, lixo, etiquetas de roupa etc.), mas às vezes sinto que se não tomar cuidado esse será um futuro possível.

Pensei nessa frase ao lado quando me dei conta disso. Não precisa também ser nenhum Freud para perceber que existe um componente psicológico forte nessa situação -- eu sei que estou tentando compensar alguma coisa comprando tanta tranqueira e até arrisco alguns palpites sobre o quê, mas... Não consigo mais viver assim. Ontem a noite eu passei por um ano de revistas Vida Simples (percebe a ironia?), WomenHealth, Saúde e Marie Claire... Só vendo se existia algum artigo útil que eu gostaria de escanear (nesses casos recortei eles da revista e coloquei numa pasta para escanear depois) e joguei a revista em uma caixa de descarte que hoje o Ju colocou para fora. Como não bastassem as tralhas adquiridas, existem as tralhas distribuídas - há umas 03 semanas a Folha de São Paulo resolveu "me dar uma assinatura". Desde então, de segunda a sábado, lá pelas cinco da manhã, o entregador arremessa um jornal no quintal - então tinha mais umas duas semanas de jornais pra descartar, que também já foram embora. Hoje é dia de encarar as InfoExame, Rolling Stones e Piauí (porque eu assino tanta revista que não consigo ler? Cluttering na veia!).

Esse nervoso do "eu quero me ver livre de tudo isso", afetou até o meu trabalho nessa segunda. Tivemos um problema de energia do prédio do escritório que resultou em Home Office para a equipe toda - desde então eu já lavei fogão, toda a louça (com exceção das panelas de Mordor), arrumei a ordem da roupa pra lavar, guardei todo o meu guarda-roupa (aguardava há meses) e reorganizei minha caixa de cosméticos... Tudo isso gerou 03 sacos de lixo gigantes na cozinha, que eu estou até com medo de colocar pro lixeiro tudo de uma vez e alguém desconfiar que eu estou jogando corpos no lixo.

Sei que isso é só um rompante nervoso - se eu conseguisse ser mais disciplinada e constante, esse é o tipo de coisa que não precisaria ser feita mas... Dá uma certa esperança. A casa e a vida estão doentes pra caramba mas... Talvez eu ainda possa vencer.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Ler para quê?

Hoje eu li esse post no blog LifeHack e fiquei admirada de alguém ter realmente conseguido realizar a meta que eu já tentei me colocar - sem sucesso - algumas vezes: ler 52 livros em um ano (ou um livro por semana se você preferir). Como você pode estar lembrado, logo no começo do ano eu coloquei uma meta singela de 24 livros para o ano (12 técnicos, ligados ao TCC e 12 de literatura, essencialmente para distração). No entanto, até o momento eu não li nenhum... Nenhum dos 24 e nenhum outro - com sorte essa semana eu acabo o primeiro, sobre empreendedorismo, que acabou me fisgando algumas semanas atrás mesmo sem estar em nenhuma das listas - e que tem sido a minha leitura constante no metrô a caminho do escritório.

Mas eu me pergunto: por que isso me aborrece tanto? Deveria me aborrecer tanto? No ano passado eu tinha colocado uma meta inatingível (eu sabia disso, mas era apenas para agitar as coisas) de 100 livros... Consegui ler apenas 24 até o final do ano. A essa altura, eu já tinha lido 08.. E esse ano que eu realmente preciso ler (a entrega do TCC está aí a menos de 02 meses) e eu ainda não li uma página.

Em épocas de BBB, as redes sociais (o Facebook na verdade, não ando assim tão ativa em nenhuma outra) é inundado pelos protestos simplórios de "Deixe o BBB de lado e vá ler um livro" - e embora eu nem discuta que entre ver o BBB e ler um livro a segunda opção realmente seja a melhor, eu não entendo a oposição que o pessoal estabelece - o que a maioria das pessoas espera de um livro lido? Sinceramente? Não vejo muita diferença no desafio intelectual de ver um BBB e ler 50 tons de Cinza, e tem muito programa de televisão que vai oferecer um desafio intelectual melhor que os dois. Me irrita o fetichismo do livro, como se um livro - qualquer que seja - seja algo intrinsecamente bom e perfeito, que ganhe intelectualmente de qualquer outra forma de entretenimento. Acho difícil - os calhordas envelhecem, e os idiotas também escrevem.

Eu queria ser capaz de estabelecer e seguir um desafio como esse do autor do Lifehack, e acreditar - como ele - que o desafio me enriqueceu, me mudou, me deixou mais rica (de dinheiro, de ideias, de vontades). Mas agora não dá. Talvez tudo seja reflexo de eu estar passando por uma fase de questionamento sobre o que realmente me acrescentou na vida tanta preocupação com intelecto, qualidade, propósito ou desenvolvimento pessoal - e nesse momento me parece que seria tão útil abrir uma Caras quanto um Dostoiévski (é o desânimo falando, não me atire pedras).

terça-feira, 19 de março de 2013

O SketchBlock vai a todo vapor...

Bem... Talvez nem tanto vapor assim, mas vai indo...
No momento o pouco tempo livre que eu tenho tipo tem ido para lá porque afinal de contas está fazendo mais sentido. Por aqui as coisas estão paradas pela vontade de ser relevante, sem ser específica demais e... É difícil.
http://www.skechblock.com.br

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Pensata

Eles costumam dizer, que aquilo que não lhe mata lhe faz mais forte.
E ela lhes disse que não quer morrer, mas também não quer ser forte.
Quer apenas ser feliz.  

Dias complicados em andamento. Cedi a mim mesma 15 minutos para reclamar da vida, jogar uma água no rosto, tomar uma água... E depois eu volto ao complicado. Nesses momentos em que tudo parece dar errado, eu me pergunto: quando é que as coisas dão certo? Se eu analisar muito, vejo que parece que na verdade elas nunca dão certo - apenas quando não são doloridas como agora, eu vou empurrando com a minha grande barriga e finjo que não me afetam.

Como 15 minutos é pouco para me entregar a autopiedade e a tudo que eu disse aí em cima, deixo esse post com o vídeo abaixo do discurso da JK Rowling em Harvard - junto com o vídeo do Steve Jobs em Stanford e Toy Story 3, você tem a trilogia "Fazendo a Priscilla chorar muito".

Eu ando pensando muito em questões relacionadas.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Momento jabá, novo blog: SketchBlock.

Ando um pouco irregular por aqui pois tenho dedicado mais energia no tempo livre ao meu novo blog voltado para a documentação das atividades de desenho. A ideia é não deixar as coisas tão soltas esse ano... Decidi que esse ano não vou fazer nenhuma aula "formal" de desenho mas tentar reestruturar de vez o que fui vendo ao longo dos anos pela prática, não pela presença. Vamos ver no que dá.

Você pode acompanhar em:
http://www.sketchblock.com.br

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Liar, liar... Paints on fire!

Quando se é adolescente, as pessoas mais velhas nos fazem acreditar que escolher uma profissão/carreira é apenas uma questão de múltipla escolha, na qual você deve escolher entre:
- Satisfação/Prazer;
- Recompensas Financeiras.

Ninguém nos prepara para o fato que nessa questão de múltipla escolha existe também uma "NDA" como alternativa. E muito menos sobre o que fazer quando você percebe que está nesse ponto. Eu sei que uma vez no fundo do poço você deve parar de cavar mas... Algo ainda precisa ser feito para se sair do poço.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Criatividade ao jeito Toscani de ser...


Tenho uma frase, todinha minha, que escrevi por conta própria sem ajuda de ninguém ("the perks of writing", rs), colada em diversos cadernos; notebooks e sketchbooks, que diz: "TALENTO ESCAPA PELAS FRESTAS".

A ideia dela é que o seu talento - ou talvez sua vocação fosse melhor - não fica submerso e impossível de notar. Ele sempre escapa pelas frestas... É a pessoa que não trabalha com culinária mas que é a "mão boa da família", mesmo que seja contadora no dia a dia; é a pessoa que sempre "bate as fotos", mesmo não sendo fotógrafa etc... Em alguns casos, o profissional que se diverte com sua profissão nas horas vagas. A questão mesmo é: se você ama algo, você não consegue fugir disso... Seja o que for, vai sempre escapar pelas frestas!

Aí recentemente chegou aos meus ouvidos a história de uma equipe - vamos dizer, imaginária no momento - que reclama que não tem liberdade de criar, sempre fazendo a mesma coisa... Escutar essas coisas pela rádio peão (nesse caso, "rádio manada" seria mais apropriado) me dá um tédio triste, apesar de servir para confirmar a minha teoria.

Em primeiro lugar, porque "liberdade criativa" é um dos mitos perpetrados por gente sem imaginação e criatividade. Criatividade é por definição uma ação de rebeldia contra o status quo (seja em arte, seja na criatividade de adotar um novo procedimento). Esperar por "permissão para se rebelar" é tão contraditório e sem sentido, que eu não vejo nem motivo para comentar. Alguns diriam que oferecer "liberdade criativa" nesse caso é na verdade oferecer um ambiente acolhedor ao erro, a aprendizagem e as tentativas mas... Desculpe! Nem todos os negócios são centros de fisioterapia, por exemplo. Neles eu entendo o ambiente de apoio ao erro e as tentativas. Fico imaginando um Buffet de casamento: os noivos escolheram um bolo mármore de três andares, e você chega lá com algo completamente diferente e diz: "Não foi o que você pediu mas, minha equipe usou toda a sua criatividade...".

Em segundo, e mais difícil de explicar nessa geração de "millenniuns", está algo que ninguém costuma dizer para eles: criatividade está ligada a responsabilidade. Se uma boa pizza é feita colocando a massa, depois o recheio, depois assando - eu, como pizzaiola, não preciso te oferecer a oportunidade de testar por conta própria a forma de fazer a pizza ao contrário para que você perceba "nossa, realmente esse é o melhor jeito". Se você tem um jeito melhor, e eventualmente todo mundo tem, faz parte dessa misteriosa "definição de criatividade" arranjar uma forma de mostrar que você está certo. Cada um deve assumir responsabilidade pelas suas ideias - não existe na vida uma caixa de sugestão 24 horas com os dizeres "sempre abertos a sugestões" e, mesmo que houvesse, acho que ela receberia muito lixo: boas ideias também devem sofrer o efeito da seleção natural.

Quando eu trabalhava em uma empresa de engenharia, eu desenhava blocos (desenhos padrão que se repetem em uma planta) por conta própria para facilitar meu trabalho nas próximas execuções - ninguém me pedia para eu fazer isso, e eu não pedi permissão nenhuma para fazer isso. Tudo o que eles sabiam, e era o que realmente importava para eles, é que cada vez eu terminava uma planta de maneira mais rápida e com menos erros. Quando eu trabalhava no BB, eu refiz no editor de texto do meu computadorzinho meia boca uma série de formulários para atividades padrão que existiam nas normas do banco, mas que depois de tanto entra e sei na agência, ninguém mais tinha memória. Mais uma vez, ninguém pediu isso para mim, e eu não pedi a permissão de ninguém para fazer essas coisas. Tudo que eu sei, é que quando sai dalí (depois de estar de saco cheio definitivamente de atender gente) eu sai como gerente - não como atendente, como a maioria dos meus colegas ainda estão hoje, 10 anos depois.

Toda essa "egotrip" não foi para falar "uau, como eu sou demais". Muito pelo contrário... Se eu chegar a conclusão que essas foram as coisas mais "brilhantes" que eu fiz até hoje, vou alí no canto como Kiko dar uma choradinha... Achei apenas relevante porque: foram coisas feitas nos meus dois primeiros empregos, e antes dos 22 anos. Foram coisas pequenas, mas dentro de uma zona cinzenta do que eram minhas responsabilidades. Alguém pode dizer "mas você estava em um ambiente que acolheu suas tentativas" e eu vou lhe dizer: se você realmente acha que qualquer escritório de engenharia ou banco comercial brasileiro é um ambiente acolhedor ao erro, você que precisa rever seus conceitos.

Na verdade, a questão-chave aqui é: "liberdade criativa" será dada quando isso impactar direta e positivamente os resultados que você deveria alcançar. Eu só não tomei um tacape na cabeça nesses dois casos, porque essas pequenas transgressões me renderam um trabalho mais rápido e eficiente. Se eu tivesse perdido tempo para algo que não tivesse dado em nada - ou acarretado mais trabalho ou retrabalho para mim e para outros, a minha chamada "liberdade criativa" teria sido cortada rapidinho. Faz parte disso também saber dentro da sua "caixa" quais as paredes são mais flexíveis e quais são as estruturais que você não pode mover.

Resumindo, pessoas que esperam permissão me cansam! Pela vontade fraca, pela falta de fogo interior, e porque nada está realmente escapando pelas frestas além de um nhénhénhé sobre como o mundo é injusto e elas não tem uma chance. Acho que essas pessoas escutam a expressão "escola da vida" e estão sempre esperando o mesmo tratamento dos ambientes escolares - não é bem assim queridos. Não é bem assim mesmo!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Livros de Cabeceira.

As editoras poderia combinar e fazer todas as
lombadas na mesma direção, não poderiam?
Esse ano eu vou ter uma porção de leituras técnicas - se tudo der certo, tenho 02 TCCs pela frente, de duas pós-graduações diferentes (sorte que boa parte da bibliografia e áreas de estudo são próximas). Por conta disso, para equilibrar as coisas eu estabeleci uma cota mínima de literatura para o ano (inicialmente 12 livros), que irão ficar na minha cabeceira para uns 20/30 minutos de leitura antes de dormir.

Olhando a pilha singela, parece muito cauteloso imaginar que eu SÓ vou conseguir ler isso - dá uma vontade de colocar pelo menos mais uns 10 aí... Mas a verdade é que se eu conseguir ler esses aí até o final do ano eu já me dou por satisfeita. Em 2012 inteiro eu acabei lendo apenas 24 livros e acredite: nenhum foi de literatura.

Estou esperando chegar na casa dos 50 esse ano.

Para quem estiver interessado, segue a lista completa (sim, eu chego ao nível bizarro de colocar todo mundo no formato da ABNT e seguir a ordem alfabética na hora da leitura... Especialmente porque ela deu uma boa ordem de leitura).

  1. CHIBOSKY, S. The perks of being a wallflower. 1. ed. London: Pocket Books, 1999. 231 p.

  2. EGAN, J. A visita cruel do tempo. Tradução de Fernanda Abreu. 1. ed. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2011. 333 p.

  3. GAIMAN, N. O livro do cemitério. Tradução de Ryta Vinagre. 1. ed. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2010. 329 p.

  4. HAWTHORNE, N. A letra escarlate. Tradução de Christian Schwartz. 1. ed. São Paulo: Penguins Classics Companhia das Letras, 2010. 332 p.

  5. HORNBY, N. Juliet nua e crua. Tradução de Paulo Reis. 1. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2010. 271 p.

  6. KUNDERA, M. A lentidão. Tradução de Maria Luiza Newlands da Silveira e Tereza Bulhões Carvalho da Fonseca. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. 105 p.

  7. KWOK, J. Garota, Traduzida. Tradução de Paulo Afonso. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. 239 p.

  8. LISPECTOR, C. A paixão segundo G.H. 1. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2009. 179 p.

  9. OLOIXARAC, P. As teorias selvagens. Tradução de Marcelo Barbão. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 240 p.

  10. ORWELL, G. 1984. Tradução de Alexandre Hubner e Jahn Heloisa. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. 414 p.

  11. STEVENSON, R. L. O médico e o monstro: e outras histórias. Tradução de Nair Lacerda. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 147 p.

  12.  WILDE, O. O retrato de Dorian Gray. Tradução de Marcella Furtado. 1. ed. São Paulo: Editora Landmark, 2009. 240 p.