sábado, 23 de novembro de 2013

A gota!

Imagem original por NVTOfficeClips
Ás vezes eu para pensar o que foi a coisa limite -- a gota -- que me fez derramar o copo no qual eu estava mergulhada, pensando que fosse um oceano. Falando de aspectos estritamente profissionais, é claro, eu já havia estado descontente outras vezes, tido rompantes de deixar tudo para trás, fugido e voltado. Mas sempre eram questões mais financeiras e de sobrevivência do que qualquer outra coisa... Dessa vez, embora tudo isso fizesse parte do pacote, eu tive que pular do barco sem saber nadar, porque simplesmente não dava mais.

Estou pensando nisso há 06 meses... Dessa vez, o que foi realmente a gota?

Com o tempo eu fui descartando suspeitos. Não foi simplesmente o dinheiro (ou falta dele). Ele já havia começado a faltar há tempos, consumiu minhas economias (coisa que eu não perdoo, a mim mesma, por ter deixado acontecer), e se eu estivesse mais séria a esse respeito, teria dito "Chega!" bem mais cedo. Não foi também a questão de diferenças de visões -- embora eu tenha ficado extremamente mais convencida que "sociedade" é mesmo um casamento... E que casamentos por conveniência estão fadados ao fracasso. Também não foi o meu cansaço com relação ao "fato" de que todos os meus defeitos são avassaladores para o processo, as qualidade irrelevantes e que todos os motivos do fracasso estão na variável. Não deixa de ser irônico quando você percebe que a pessoa sempre tem explicações para falhas e fracassos que acontecem na associação dela com outras pessoas... O fracasso acontece, sempre, independente das variáveis (as outras pessoas), e a pessoa nunca para analisar o aspecto fixo da equação... Não deixa de ser interessante observar essa cegueira seletiva -- embora não seja nem um pouco interessante ser eleita como ponto focal dela.

Mas há algumas semanas -- ou dias, cabeça de grávida perde a noção -- quando eu cheguei a conclusão do que realmente quero fazer (e vi que deve ser a coisa certa, dado que o ânimo persiste, e eu consigo ter a vontade de me aprofundar mais no assunto, coisa que não tinha com outras iniciativas), que o verdadeiro motivo, dessa vez, foi muito mais sutil. Assim como eu larguei um dos meus primeiros empregos porque minha chefe, que escrevia mal e errado ficava corrigindo meu texto -- para pior -- e isso me deixava enfurecida na minha identidade de redatora publicitária; dessa vez a minha identidade de publicitária também foi ferida de morte. E para ser sincera, eu nem sabia que ela andava tão viva para não admitir afrontas. Quando você fica anos trabalhando e se especializando numa área que não é sua, e quando existe a oportunidade/necessidade de realizar atividades de sua competência (a minha identidade publicitária não leva em consideração se havia tempo para isso ou não), e alguém contrata um "sobrinho", recém saído das fraldas universitárias, sem nenhum conhecimento do seu negócio, só porque ele é o espertinho em um lago de bobos, não dá para aturar. Especialmente quando a pessoa acredita que, se ela não sabe o que faz, isso significa que os demais também não sabem -- deve ser o que acontece quando você passa todo seu tempo falante falando sobre seu final de semana e sua vida: você perde a noção que está se alienando sobre a verdadeira vida das pessoas.

Seja como for... Obrigado "Tio" e "Sobrinho": espero sinceramente a sua realização "familiar". Eu é que não vou mais me rasgar, me abater e assumir o meu modelito "bode expiatório do ano", para que todos possam ficar felizes com o seu papel de "injustiçado por aqueles que tanto apoiaram". Não tenho mais nada a dar a tudo isso... Para mim, foi a gota d'água.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Foca!

Imagem original por beat0092
Se alguém encontrar por aí um gif animado de uma foca como essa da foto, batendo as nadadeiras -- eu quero. Se possível, eu quero que esse gif pule na minha tela do computador, em intervalos de 15 minutos, com um balão gigantesco no qual é possível ler "FOCA!". Quem sabe assim eu ganho um pouco de foco (marido da foca, 'tendeu, 'tendeu??), que está difícil não comparar a minha capacidade de atenção com a Dori de Procurando Nemo. Não vou ser sacana e jogar a culpa no estado avançado da minha gravidez (até porque, às vezes eu acho que essa menina me chuta pensando "de novo mãe, colocando na minha conta?) -- da gravidez mesmo, só um cansaço avassalador pós refeições, que realmente atrapalha o processo... Mas a falta de foco, essa está mais relacionada a falta de disciplina mental.

Como eu já disse anteriormente, eu já decidi o que fazer da vida -- embora eu não saiba ainda, se a 08/09 semanas de ter um bebê esse seja o melhor momento. Algo me diz que esse momento é tão bom quanto qualquer outro (porque a paz e a calma não estão no calendário agora pelos próximos 25 anos pelo menos). No entanto, minha mente fica pulando entre freelas desgastantes (mais porque eu já não aguento mais trabalhar na área do que pelo conteúdo em si); preocupações de futura mamãe, coisas de seleção de mestrado, pendências da pós, estado de arrumação diária da casa, dívidas etc... Se eu ainda fosse dessas pessoas que faz um pouquinho de cada coisa, borboleteando de uma coisa para outra, ainda tudo bem... Mas meu pensamento é daqueles que trava tudo até que eu tente equalizar a pensar todas as opções e decidir o melhor caminho (não tem melhor caminho, o melhor é sair correndo).
"Clarity Comes From Engagement, Not Thought" 
Marie Forleo.
Aí que as coisas ficam difíceis, quando junta o meu excesso de pensamento com a minha falta de disposição. Eu sei que na atual circunstância, a melhor alternativa seria mesmo colocar a mão na massa mas... Quando você está fisicamente cansada, é ainda mais difícil -- e sim, eu sei... Não vai melhorar.

Algumas coisas que eu sei, e me perturbam é que tudo na vida é do jeito que você deixa ser. As coisas só chegam ao extremo do que você acha aceitável... Seja na desorganização, nos gastos, na falta de respeito com o seu tempo e com o seu comprometimento. As coisas sempre chegam até onde você estabeleceu como "Ok, aqui chega!!" ou de uma maneira mais legal:


Ou seja, no fundo tudo é uma questão de estabelecer (e manter) padrões!

Outra coisa, é que tudo se realiza ou se destrói a partir de pequenos incrementos. Esse "sonho" de que um dia eu vou ter a disposição de fazer uma coisa fantástica em qualquer setor da minha vida, e acertar um deles... E aí posso passar com a mesma disposição para o outro e seguir assim até o final dos meus problemas (preferencialmente com a música do Rocky tocando ao fundo) é o que eu gostaria de chamar "ultimate ilusion". As coisas acontecem, de verdade, com pequenos passos de formiga realizados diariamente e persistentemente... Pequeníssimas vitórias diárias, que quando acumuladas fazem um grande efeito. E o mesmo acontece no sentido contrário... Ou seja, provavelmente não foi a pizza a mais do último final de semana que me deram uns quilos extras...

Ter claridade, foco, disciplina e capacidade de execução são coisas absolutamente necessárias -- mas infinitamente menos glamourosas do que nos fazem acreditar os minutinhos musicados de virada em todos os filmes. Uma pena, diz minha alma com tendências delusionais.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

"Só sei que nada sei." (Sócrates)

Imagem original por wallyir
Sabe como você tem ideia de que está velha? Quando percebe que o Daniel Jonhs tem 35! rs Quando o seu Bieber (salvo todas as proporções) está perto dos 40, não adianta fingir que não aconteceu com você.

Ando pensando bastante, por motivos pessoais, em questões como idade, sabedoria, experiência -- se as pessoas pudessem mesmo aprender com os erros dos outros, sem precisar cometer os seus, teríamos um mundo com cabeças menos cheias de galos. Mas como não é assim, temos que assistir com certa apreensão as pessoas cometerem momentos de "olha mamãe, sem as mãos!" e acabarem sem dentes.

O pior é quando esperar pela coisa boa, e que tudo dê certo, é esperar pelo momento "sem os dentes". Porque existem um milhão de formas em que uma pessoa pode ficar presa no seu drama pessoal, sem VER realmente a realidade. Autoengano é um poder muito forte... E as pessoas tem toda a capacidade de andar por aí dentro dos seus próprios Holodecks, com bateria ininterrupta quando querem.

Ok, estou muito abstrata por hoje, e dificilmente esse texto fará diferença para qualquer pessoa além de mim mas... Como diria o título e Sócrates: "Só sei que nada sei". Talvez olhando de fora, acertar a vida dos outros faça muito mais sentido por não termos acesso aos detalhes. E o diabo está sempre nos detalhes.
Make room for the prey
'Cause I'm coming in
With what I wanna say but
It's gonna hurt
And I love the pain
A breeding ground for hate but...

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Eureka!

Imagem original por Alvimann
Eu sei! Depois de muito tempo, alguns meses de elucubrações, eu finalmente sei o que fazer com o meu futuro negócio/empreendimento. Estava na cara, sempre esteve na cara, mas o tico e teco ainda não haviam colidido o suficiente para eu chegar a essa conclusão.

Eu já havia comprado meu domínio a quase um ano com um brilho do que poderia ser... Fiquei todos esses meses, desde que sai da empresa pensando em como não carregar o mal estar que ficou dentro de mim para uma nova empreeitada -- e como aproveitar 10 anos de experiência, sem trabalhar diretamente em uma área que não suporto mais.

As questões que tomavam mais o meu pensamento eram sobre o propósito (como meu negócio faria o mundo melhor, que era algo que eu não conseguia dizer) e sobre o público; já que lidando diretamente com pessoas da área de treinamento e recursos humanos, que são em sua grande maioria conformistas por natureza, como apresentar as coisas com paixão, se todas as pessoas com paixão que eu conheço foram aquelas que eu pedi para responder minha pesquisa para ajudar a definir o negócio?

Mas ontem à noite, depois de uma overdose de Marie Forleo -- eu estou com uma Girl Crush nessa mulher, rs -- eu consegui juntar em uma coisa bem simples, e bem clara, algo que pode ajudar muita gente, que eu consiga fazer muito bem, que eu goste de fazer e que lida com um público muito mais animado, comprometido, interessado e alto astral.

Mais detalhes em breve -- até porque eu pretendo lançar o site do negócio dia 18/11, não tem porque perder mais tempo. Eu só queria passar por aqui e dizer isso porque eu ainda tenho muitos freelas para hoje, e não estava conseguindo pensar em mais nada que não o meu plano de dominação mundial de negócios em um guardanapo... Na verdade no meu caderninho mágico da Daiso Japan (motivo pelo qual eu devo evitar o shopping Tucuruvi a todo custo, rs) mas aí já é outra história.

Dancinha feliz!
Eu sei o que fazer agora!!! Uhu!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ducks in a roll

Imagem original por hamper
Pode parecer intencional, mas não é: não existe nenhum motivo pelo qual eu estou cheia de imagens da animais nos último posts... Completamente aleatório.

Por outro lado, estar sentindo-se uma pata, não é nada aleatório. Não estou querendo transformar esse blog em um blog sobre maternidade; até porque a maioria dos que visitei tem atualizações quase que diárias até o parto e depois... Um post quando a criança tem 03 meses, outro na festa de 01 ano e muitos poucos algum post depois disso -- então tentar evitar o destino, nesse caso, é algo muito importante para mim.

Mas de qualquer forma, a maternidade é um assunto muito caro para mim no momento. Mais surpreendente ainda é o fato que que apesar de estar nos meus seis meses de gravidez, eu não faço a mínima ideia do que estou fazendo, do que tenho para fazer ou do que farei... Completamente o contrário do que título desse post sugere.
Ducks in a roll -- uma expressão que significa "alguém que tenha feito sua lição de casa ou investigado uma determinada área de interesse e elaborado uma lista de prioridades para alcançar a realização de um objetivo".

Estava há meses fermentando um post sobre as "descobertas de ser mulher"... Do quanto você só percebe as implicações reais do fato quando vai morar com alguém do sexo oposto e percebe coisas como arrumação, alimentação etc., caírem automaticamente de um lado da balança (por mais que não seja uma imposição) e o quanto você tem que ser altiva para não deixar também que a responsabilidade do sustento caia do outro lado... Até agora não consegui fechar o texto, ou me livrar do esteriotipo para os dois lados.

E agora existe uma bebê a caminho... E embora eu conte com uma família que me dê muito suporte, e que já tenha garantido que ela venha ao mundo com seu lugar para dormir, guardar roupa, com o que vestir, com seu meio de transporte etc... A mãe dela está completamente surtando sem ideia de nada. Não sei como ela virá ao mundo (sem obstetra, sem decisão final ou conhecimento para decidir sobre o parto), como será cuidada (pessoa que parou de trabalhar há 05 meses e nem assim conseguiu colocar a casa em ordem) e que impactos reais isso terá em minha vida... Quanto mais eu começo a pensar, mais me dá vontade de hiperventilar.

Eu tinha uma série de sonhos sobre como seria quando tivesse um bebê a caminho... Nenhum deles se realizou... Até aí, nenhum problema mas... Eu queria uma vida calma e simples, onde ela não fosse utilizada de cobaia! Todos pais erram mas, no meu estado atual... Estou aberta a uma série muito maior de erros.

domingo, 3 de novembro de 2013

Domingo é dia de... Preguiça!

Foto original por Seeman*
Existe uma diferença suave entre "procrastinação" e "preguiça"... Pelo menos no meu dicionário.

Procrastinação é ter alguma coisa para fazer, ter energia para fazer isso, e gastar em outra coisa -- basicamente o que eu faço quando quero desenhar, mas me sento com uma pilha de revistas velhas para separar o que serve de referência para desenho ou não, e ao invés de desenhar acabo montando uma nova pilha de recortes.

Preguiça, por outro lado, é ter um milhão de coisas para fazer (ou apenas uma meia dúzia), mas estar com a barrinha de energia no modo "depleted", a um passo de tomar um golpe final e receber seu "FINISH HER"... O que está bem mais próximo do meu estado nesse final de semana.

A única coisa que não muda em ambos os casos é: tanto procrastinação quanto preguiça é coisa de amador. Acabei de ler o livro "Turning Pro" do Steven Pressfield (cuja minha única crítica é o fato de ficar repetindo muita coisa do "A Guerra da Arte", que esse sim é um livro muito bom). Segundo ele, a diferença entre o Amador e o Profissional não está no retorno financeiro, mas nos hábitos. O Profissional é comprometido, ele sabe que, como diria Woody Allen:
"Eighty percent of success is showing up."
Woody Allen
Já o Amador é um diletante. Ele quer fazer as coisas... Aí um dia ele faz, no outro dia ele é atrapalhado por um obstáculo (a procrastinação, a preguiça ou qualquer outra coisa menos glamourosa).

O que me preocupa em toda essa cultura do amador (e não estou falando nem do livro "O Culto do Amador" do Andrew Keen -- primeiro capitulo grátis no link) é que a gente tende a levar as coisas como se tudo tivesse bem... Qualquer tentativa de "profissionalização" é vista como chatice, legal mesmo é deixar a vida te levar... E ficar como meus queridos amigos 'dizainers' (rs) que são designers durante o dia (nem tão bons assim), mas a noite um dia é DJ, outro dia arrisca de cozinheiro/doceiro, no outro anda de skate e em mais um acaba montando um estúdio de tatuagem. Na ilusão de que é tão "completo", vive uma vida que não é nada profunda... E como não sabe qual é o seu chamado, acaba atendendo todas as ligações.

E eu odeio me ver nessa mesma fila...
Odeio mesmo...
Não fosse a preguiça debilitante desse domingo; saia correndo em qualquer direção -- mas apenas uma única direção -- para não fazer parte do bando.



* As fotos liberadas no MorgueFile não exigem atribuição, e permitem que você as modifique -- coisa que eu sempre faço mas... Como cada vez mais eles tem fotos melhores por lá, e você pode facilmente tocar seu blog com essas fotos, acho que os fotógrafos merecem seus créditos e vou começar a colocá-los aqui a partir de agora. Além disso, se vc se interessar pela foto original, ficará mais fácil de achar.