segunda-feira, 2 de maio de 2016

Organização para Caóticos e Desesperados


Organização cotidiana definitivamente não é o meu forte — sobreviver ao desespero e ao caos sim! Pelo que parece, tudo o que eu tenho de metódica quando o assunto é o desenho de alguma solução de ensino a distância desaparece quando o assunto é cuidar da casa, fazer comida, organizar afazeres diários, rotinas e situações cotidianas. Mesmo assim, eu estou viva… O marido está vivo… A filha está viva… E vamos todos seguindo em frente — mesmo que aos trancos e barrancos. Se você também está fazendo o máximo para não se afogar no mar de tarefas diárias, quer se organizar mas não entende como pode aprender qualquer coisa com essas pessoas que tem 02 móveis em casa, 05 peças de roupa, 03 empregadas mensalistas e ainda dizem que tudo está uma bagunça (ai, que dó!); então vem comigo que eu vou compartilhar as minhas “Dicas de organização para reles mortais que enfrentam o caos e o desespero”.

1. Não dá pra zerar o jogo.
Sei como é que é — está tudo um caos, sua casa, sua cabeça, suas coisas. Então você sonha com aquele faxinão mágico que vai zerar a fase e você vai começar tudo de novo, da maneira correta… Já acreditei nisso, já sonhei com isso. Mas liberte-se: não é possível. A menos que você possa tirar umas férias de 30 dias da sua vida como um todo para dar conta de tudo — e sejamos sinceras, quem quer tirar férias pra arrumar coisas? — isso não é viável. Pela minha experiências, mães e amigas com mania de arrumação (sim, eu estou falando com você Gleici) acharão que é falta de força de vontade… Talvez seja, mas… Dane-se! Temos outras prioridades na vida, e está ok. Apenas aceite isso, e pelo menos por hora, relaxe com um resultado um pouco aquém do que você gostaria. Consertar o avião com ele voando não é para amadores, nem é bolinho não.

2. 15 minutos podem não parecer nada, mas são muita coisa.
Ainda na linha da dica anterior — de que não é possível zerar o jogo — não subestime a diferença que 15 minutinhos podem fazer na sua vida. Para ser sincera, os meus 15 minutinhos são na verdade 25 — eu tento aplicar a técnica “Pomodoro” quando tudo está um caos. Por exemplo, se a louça está acumulada, ou se tem roupa por toda casa, brinquedos espalhados, o que for, eu escolho uma tarefa — e apenas uma — e me dedico 25 minutos a ela. Não há quase nada que não possa esperar 25 minutinhos, e com eles dedicados a uma tarefa específica, é um pouco difícil não começar ver alguma luz. Só um pouquinho menos de caos e bagunça dão um “up” na energia: você já consegue ter esperança, listar as coisas que precisam ser feitas, e se necessário, começar a aplicar a técnica as próximas tarefas.

3. “Não dá pra organizar tralha”.
Esse, na verdade, é um mantra que a Thaís Godinho do blog “Vida Organizada” vive repetindo — e embora eu tenha muita tralha, isso já se agarrou na minha alma e fez com que eu encarasse algumas coisas de forma diferente. Por exemplo: eu sempre estava querendo comprar um milhão de caixas e organizadores que dessem conta de colocar tudo que tem aqui em casa em ordem… Hoje, graças ao blog dela (e muito ao livro da Marie Kondo também), eu cheguei a conclusão que na maioria das vezes, se você precisa comprar alguma dessas soluções de armazenamento, a verdade é que você está armazenando muita coisa. E na maior parte das vezes, coisas inúteis. Pessoas com tendências acumuladoras como eu, aprendem algumas coisas muito tarde na vida (quando aprendem) por exemplo:
  • Que cada coisa precisa ter seu lugar — se não há lugar, não pode ter a coisa.
  • Que adquirir uma coisa é diferente de utilizar alguma coisa (ou ter necessidade dela). Sabe conjuntos de ioga que você compra por que quer começar a fazer ioga (mas ainda não começou)? Ou qualquer outra coisa que você “quer começar a fazer”, mas ainda não faz — e por via das dúvidas já comprou o material? Então, essas coisas…
  • Coisas que você “pode precisar um dia”, dificilmente serão mesmo necessárias (especialmente se forem manuais de aparelhos eletrônicos, guias de assistência técnica etc.).
Na dúvida, e se não tiver amor pela coisa: rua (lixo, doação, o que for).

Além disso, já percebi um fator comum entre quem vive nessa sensação de caos constante: ausências de hábitos e rotinas. Quando você não constrói um hábito especifico, uma rotina que faz determinadas coisas acontecerem, você está sempre muito mais dependente da força de vontade… E muito mais sujeito a “zikas” que não tem nada há ver com vírus. Não é uma questão de disciplina, de ser uma pessoa boa ou má, ou de ter ou não capacidade para organização — construir hábitos eficientes é a mágica na qual precisamos investir tempo. Hábitos saudáveis garantem que a gente faça as coisas sem precisar pensar muito, sem decidir, sem considerar, chorar, reclamar ou questionar muito. É o que a gente faz quando quer evitar dar tiros no próprio pé.

Se você conseguir respirar um pouco mais, pode aproveitar para conhecer algumas coisas:

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