domingo, 27 de janeiro de 2013

Momento jabá, novo blog: SketchBlock.

Ando um pouco irregular por aqui pois tenho dedicado mais energia no tempo livre ao meu novo blog voltado para a documentação das atividades de desenho. A ideia é não deixar as coisas tão soltas esse ano... Decidi que esse ano não vou fazer nenhuma aula "formal" de desenho mas tentar reestruturar de vez o que fui vendo ao longo dos anos pela prática, não pela presença. Vamos ver no que dá.

Você pode acompanhar em:
http://www.sketchblock.com.br

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Liar, liar... Paints on fire!

Quando se é adolescente, as pessoas mais velhas nos fazem acreditar que escolher uma profissão/carreira é apenas uma questão de múltipla escolha, na qual você deve escolher entre:
- Satisfação/Prazer;
- Recompensas Financeiras.

Ninguém nos prepara para o fato que nessa questão de múltipla escolha existe também uma "NDA" como alternativa. E muito menos sobre o que fazer quando você percebe que está nesse ponto. Eu sei que uma vez no fundo do poço você deve parar de cavar mas... Algo ainda precisa ser feito para se sair do poço.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Criatividade ao jeito Toscani de ser...


Tenho uma frase, todinha minha, que escrevi por conta própria sem ajuda de ninguém ("the perks of writing", rs), colada em diversos cadernos; notebooks e sketchbooks, que diz: "TALENTO ESCAPA PELAS FRESTAS".

A ideia dela é que o seu talento - ou talvez sua vocação fosse melhor - não fica submerso e impossível de notar. Ele sempre escapa pelas frestas... É a pessoa que não trabalha com culinária mas que é a "mão boa da família", mesmo que seja contadora no dia a dia; é a pessoa que sempre "bate as fotos", mesmo não sendo fotógrafa etc... Em alguns casos, o profissional que se diverte com sua profissão nas horas vagas. A questão mesmo é: se você ama algo, você não consegue fugir disso... Seja o que for, vai sempre escapar pelas frestas!

Aí recentemente chegou aos meus ouvidos a história de uma equipe - vamos dizer, imaginária no momento - que reclama que não tem liberdade de criar, sempre fazendo a mesma coisa... Escutar essas coisas pela rádio peão (nesse caso, "rádio manada" seria mais apropriado) me dá um tédio triste, apesar de servir para confirmar a minha teoria.

Em primeiro lugar, porque "liberdade criativa" é um dos mitos perpetrados por gente sem imaginação e criatividade. Criatividade é por definição uma ação de rebeldia contra o status quo (seja em arte, seja na criatividade de adotar um novo procedimento). Esperar por "permissão para se rebelar" é tão contraditório e sem sentido, que eu não vejo nem motivo para comentar. Alguns diriam que oferecer "liberdade criativa" nesse caso é na verdade oferecer um ambiente acolhedor ao erro, a aprendizagem e as tentativas mas... Desculpe! Nem todos os negócios são centros de fisioterapia, por exemplo. Neles eu entendo o ambiente de apoio ao erro e as tentativas. Fico imaginando um Buffet de casamento: os noivos escolheram um bolo mármore de três andares, e você chega lá com algo completamente diferente e diz: "Não foi o que você pediu mas, minha equipe usou toda a sua criatividade...".

Em segundo, e mais difícil de explicar nessa geração de "millenniuns", está algo que ninguém costuma dizer para eles: criatividade está ligada a responsabilidade. Se uma boa pizza é feita colocando a massa, depois o recheio, depois assando - eu, como pizzaiola, não preciso te oferecer a oportunidade de testar por conta própria a forma de fazer a pizza ao contrário para que você perceba "nossa, realmente esse é o melhor jeito". Se você tem um jeito melhor, e eventualmente todo mundo tem, faz parte dessa misteriosa "definição de criatividade" arranjar uma forma de mostrar que você está certo. Cada um deve assumir responsabilidade pelas suas ideias - não existe na vida uma caixa de sugestão 24 horas com os dizeres "sempre abertos a sugestões" e, mesmo que houvesse, acho que ela receberia muito lixo: boas ideias também devem sofrer o efeito da seleção natural.

Quando eu trabalhava em uma empresa de engenharia, eu desenhava blocos (desenhos padrão que se repetem em uma planta) por conta própria para facilitar meu trabalho nas próximas execuções - ninguém me pedia para eu fazer isso, e eu não pedi permissão nenhuma para fazer isso. Tudo o que eles sabiam, e era o que realmente importava para eles, é que cada vez eu terminava uma planta de maneira mais rápida e com menos erros. Quando eu trabalhava no BB, eu refiz no editor de texto do meu computadorzinho meia boca uma série de formulários para atividades padrão que existiam nas normas do banco, mas que depois de tanto entra e sei na agência, ninguém mais tinha memória. Mais uma vez, ninguém pediu isso para mim, e eu não pedi a permissão de ninguém para fazer essas coisas. Tudo que eu sei, é que quando sai dalí (depois de estar de saco cheio definitivamente de atender gente) eu sai como gerente - não como atendente, como a maioria dos meus colegas ainda estão hoje, 10 anos depois.

Toda essa "egotrip" não foi para falar "uau, como eu sou demais". Muito pelo contrário... Se eu chegar a conclusão que essas foram as coisas mais "brilhantes" que eu fiz até hoje, vou alí no canto como Kiko dar uma choradinha... Achei apenas relevante porque: foram coisas feitas nos meus dois primeiros empregos, e antes dos 22 anos. Foram coisas pequenas, mas dentro de uma zona cinzenta do que eram minhas responsabilidades. Alguém pode dizer "mas você estava em um ambiente que acolheu suas tentativas" e eu vou lhe dizer: se você realmente acha que qualquer escritório de engenharia ou banco comercial brasileiro é um ambiente acolhedor ao erro, você que precisa rever seus conceitos.

Na verdade, a questão-chave aqui é: "liberdade criativa" será dada quando isso impactar direta e positivamente os resultados que você deveria alcançar. Eu só não tomei um tacape na cabeça nesses dois casos, porque essas pequenas transgressões me renderam um trabalho mais rápido e eficiente. Se eu tivesse perdido tempo para algo que não tivesse dado em nada - ou acarretado mais trabalho ou retrabalho para mim e para outros, a minha chamada "liberdade criativa" teria sido cortada rapidinho. Faz parte disso também saber dentro da sua "caixa" quais as paredes são mais flexíveis e quais são as estruturais que você não pode mover.

Resumindo, pessoas que esperam permissão me cansam! Pela vontade fraca, pela falta de fogo interior, e porque nada está realmente escapando pelas frestas além de um nhénhénhé sobre como o mundo é injusto e elas não tem uma chance. Acho que essas pessoas escutam a expressão "escola da vida" e estão sempre esperando o mesmo tratamento dos ambientes escolares - não é bem assim queridos. Não é bem assim mesmo!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Livros de Cabeceira.

As editoras poderia combinar e fazer todas as
lombadas na mesma direção, não poderiam?
Esse ano eu vou ter uma porção de leituras técnicas - se tudo der certo, tenho 02 TCCs pela frente, de duas pós-graduações diferentes (sorte que boa parte da bibliografia e áreas de estudo são próximas). Por conta disso, para equilibrar as coisas eu estabeleci uma cota mínima de literatura para o ano (inicialmente 12 livros), que irão ficar na minha cabeceira para uns 20/30 minutos de leitura antes de dormir.

Olhando a pilha singela, parece muito cauteloso imaginar que eu SÓ vou conseguir ler isso - dá uma vontade de colocar pelo menos mais uns 10 aí... Mas a verdade é que se eu conseguir ler esses aí até o final do ano eu já me dou por satisfeita. Em 2012 inteiro eu acabei lendo apenas 24 livros e acredite: nenhum foi de literatura.

Estou esperando chegar na casa dos 50 esse ano.

Para quem estiver interessado, segue a lista completa (sim, eu chego ao nível bizarro de colocar todo mundo no formato da ABNT e seguir a ordem alfabética na hora da leitura... Especialmente porque ela deu uma boa ordem de leitura).

  1. CHIBOSKY, S. The perks of being a wallflower. 1. ed. London: Pocket Books, 1999. 231 p.

  2. EGAN, J. A visita cruel do tempo. Tradução de Fernanda Abreu. 1. ed. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2011. 333 p.

  3. GAIMAN, N. O livro do cemitério. Tradução de Ryta Vinagre. 1. ed. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2010. 329 p.

  4. HAWTHORNE, N. A letra escarlate. Tradução de Christian Schwartz. 1. ed. São Paulo: Penguins Classics Companhia das Letras, 2010. 332 p.

  5. HORNBY, N. Juliet nua e crua. Tradução de Paulo Reis. 1. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2010. 271 p.

  6. KUNDERA, M. A lentidão. Tradução de Maria Luiza Newlands da Silveira e Tereza Bulhões Carvalho da Fonseca. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. 105 p.

  7. KWOK, J. Garota, Traduzida. Tradução de Paulo Afonso. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. 239 p.

  8. LISPECTOR, C. A paixão segundo G.H. 1. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2009. 179 p.

  9. OLOIXARAC, P. As teorias selvagens. Tradução de Marcelo Barbão. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 240 p.

  10. ORWELL, G. 1984. Tradução de Alexandre Hubner e Jahn Heloisa. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. 414 p.

  11. STEVENSON, R. L. O médico e o monstro: e outras histórias. Tradução de Nair Lacerda. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 147 p.

  12.  WILDE, O. O retrato de Dorian Gray. Tradução de Marcella Furtado. 1. ed. São Paulo: Editora Landmark, 2009. 240 p.