Pular para o conteúdo principal

Daquilo que eu sei...

MorgueFile Free Photo
Quanto mais eu penso, mais eu chego a conclusão que deveria pensar menos e fazer mais -- bem mais. Estava lembrando quando eu tinha uns 07, 08 anos e ficava pentelhando minha mãe com a minha teoria recém plasmada (toda criança acha, sem saber o nome, que é o filósofo mais brilhante que o planeta terra já viu) de que eram os adultos que nos faziam medrosos. Minha teoria era simples assim: as crianças nasciam brilhantes e determinadas, e de tanto ouvir bobagens adultas ("Você vai cair", "Você vai se machucar", "Isso não vai dar certo") ficavam cheia de receios e acabavam medrosas. Embora eu tenha certeza de que esse é o tipo de teoria que minha mãe não deve ter dado 30 segundos de atenção (é o que acontece quando você não para de falar da Xuxa, do Bozo e mete essas coisas no meio), não posso deixar de notar um certo orgulho em relação a minha eu-pequena-filosofa. Ponto pra você pequenina... E saudade de você, pra caramba mesmo!

Primavera está chegando... Dizem que é tempo de renovação -- eu não queria renovação, queria recuperação. Eu queria recuperar essa menina sem noção que não sabia muito mas que acreditava poder fazer várias coisas, e fazia várias delas. Essa versão grande dela se deixa envolver por diversos pensamentos "E se..." que paralisam, e quando percebe, deixou muito tempo passar. Não consigo perdoar essa parálise não de falta de objetivos, mas de falta de foco, coragem, perseverança. Gostava da época em que eu escutava a frase "E se eles acharem que eu não sou bom o suficiente, acho que eu não suportaria esse tipo de rejeição" e dava risada -- não agora que ela é quase um mantra.

Acho que eu estava mesmo certa... Você nasce um leão a lá "Crônicas de Nárnia" e acaba se tornando um a lá "Magico de Oz".


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Livros que Indicam Livros: 1001 Livros para Ler Antes de Morrer - BEDA #11

Publicado 1 minuto antes da badalada final mas... Está valendo. Com essa história de ter uma meta ambiciosa em relação aos livros -- apesar da execução não estar acompanhando -- eu fico procurando lugares que podem me dar ideias interessantes de leitura... Embora que quem consegue fazer uma lista de 100 livros para ler com livros que tem em casa não precisa muito de inspiração -- precisa mais de bunda na cadeira, sofá ou cama e algumas horas diárias de leitura ininterrupta... Mas isso já é outra história. Acabei lembrando desse meu livro "esquecidinho" na estante, o "1001 Livros para Ler Antes de Morrer". Esse pequeno "catatau" de 960 páginas (estou denunciando a idade com esse termo? Provavelmente sim) contém uma pequena resenha dos sugeridos 1001 Livros, com um pouco de história e importância da obra. Também é um livro interessante de folhear porque você encontra pinturas e fotografias relacionadas as épocas das obras. Ele está dividido em 04 grand...

"Minha alma, sabe que viver é se entregar..."

Coruja mesmo! Mas quem mandou ter o bebê mais lindo do mundo!? Hoje Lívia fez dois meses de vida. E eu estou meio que apaixonada por essa música, " Meu Sol " do Vanguart... Talvez porque "Além do Horizonte" chame atenção especial dessa linda bebê (vá entender, a cadeirinha dela ao lado do computador fica de costas para a TV -- e a menina não quer saber de mais nada, além de Além do Horizonte... Fica virando a cabeça para ver o que está passando... Coisas da Lili daqui); e talvez também porque seja uma "música de ninar" bem gostosa de cantar. Ou simplesmente, porque esse verso inicial é "mother fucker beautiful" ( mães ainda podem usar uma expressão dessa? ). Não há o que eu pudesse ter feito na vida para ter me preparado para os últimos 02 meses... Ainda escrevo o FAQ da mãe de primeira viagem... Cuja maior descoberta é a mais inútil... Muito antes de engravidar eu queria saber se existe algo em especial ao virar mãe, que faz você come...

Atrás de toda acumulação só há duas coisas: medo e escassez.

Photo by Savs on Unsplash Passei boa parte da terça-feira de carnaval arrumando uma prateleira ao lado do meu cantinho de trabalho. Era a última prateleira que faltava dar uma geral (dessa estante, tem mais duas na fila). A arrumação era fundamental: cada vez que procurava alguma coisa por ali — ou simplesmente olhava em sua direção — algo sempre caia na minha cabeça… Ou no computador… Ou mais temível e provocador de palavrões, no pé. Mais de uma vez eu tive que segurar uma reação em cadeia de livros, cadernos e grampeadores despencando. Era como trabalhar ao lado de uma área com potencial risco de avalanche. Rearrumar áreas entulhadas que você não visita há tempos sempre nos traz doces recordações. Reencontrei cadernos antigos que ainda esperavam atribuição de funções e uso. Reencontrei livros que eu estava tão animada pra ler… Anos atrás, mas ainda assim interessantes. E é claro, encontrei livros que só alguns momentos fora de si explicam (como um “ Contabilidade ao alcance...